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Estudante de Parauapebas é salva por doação de sangue

A tímida estudante parauapebense Anna Klícia Sousa Santos, 17 anos, filha da professora Ana Maria Sousa Santos, diretora da Escola Estadual de Ensino Médio Eduardo Angelim, passou dias de sufoco esta semana. Ela foi internada às pressas num hospital de Marabá, sábado passado, e precisava fazer transfusão para receber sangue do tipo AB positivo.

O problema é que, apesar de terem aparecido bastantes doadores (o sangue AB é receptor universal, aliás), os anticorpos do sangue dela não estavam sendo compatíveis com os de quem estava doando na unidade do Hemocentro do Pará (Hemopa) de Marabá. A vida de Anna Klícia, então, começou a correr perigo.

A doação de sangue era urgente e imprescindível para a adolescente, mas o procedimento requer muito cuidado. Isso porque, se a transfusão for incompatível, o sangue do doador será aglutinado pelo do receptor e poderá causar obstruções de vasos sanguíneos. Por outro lado, numa eventual incompatibilidade, os glóbulos brancos do receptor podem destruir as hemácias do doador que seriam reconhecidas pelas células de defesa como “invasoras”.
No final das contas, o organismo da estudante necessitava de sangue AB positivo.

Na terça-feira (11), o Hemopa de Marabá recebeu uma avalanche de pessoas interessadas em doar sangue à estudante de Parauapebas. Bastante querida entre os colegas, Anna Klícia recebeu o carinho de muitos amigos e até de desconhecidos, que se sensibilizaram com a causa. Infelizmente, nenhum sangue foi compatível, para desespero da família.

SANGUE MARANHENSE

No mesmo dia, a estudante seguiu numa Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) móvel de Marabá para Imperatriz (MA), à procura de sangue por lá. Nas primeiras doações, nada de compatibilidade. Mas, anteontem, quinta-feira (13), ela conseguiu receber duas bolsas de sangue e saiu da situação de vulnerabilidade em que se encontrava. Doações para a estudante foram realizadas até em São Luís, capital maranhense.

Ontem (14), Anna Klícia realizou uma bateria de exames, ainda assim permanece internada, sob observação. Ela saiu da zona de risco, mas sua situação ainda requer cuidados médicos.

Anna Klícia está em fase de recuperação
Anna Klícia está em fase de recuperação

Para a mãe dela, Ana Maria Sousa, a agonia cessou. Mas fica o incentivo para que todos experimentem fazer doação de sangue porque muitas vidas podem ser salvas apenas com um gesto simples. “Minha filha passou por isso. E quantas pessoas, mundo afora, não estão passando?”, indaga a professora, relatando que acompanhou no Hemopa de Marabá o caso de uma criança de apenas 7 anos que precisa receber sangue a cada dois meses.
“Muita gente se interessou em doar sangue à minha filha. Gostaria de ver, também, esse interesse para com outras pessoas que precisam. É muita gente que necessita de sangue, daí a importância de cada um contribuir com o que tem para elevar os estoques dos hemocentros. Você acaba salvando vidas sem saber”, informa.

CAMPANHA
Hoje é dia de doar sangue em Parauapebas

Neste sábado (15), aqui na cidade, a Agência Transfusional do Hemopa local, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), deu início à campanha “Doe sangue. Quem precisa não pode esperar!”, no Hospital Municipal de Parauapebas.

A meta é alcançar 300 bolsas de sangue para ajudar pessoas que, assim como Anna Klícia, dependem urgentemente de transfusão. Os doadores precisam ter entre 16 e 69 anos, dispor de bom estado de saúde e pesar pelo menos 50 quilos. É necessário levar documento de identidade original com foto e estar bem alimentado. Homens podem doar a cada dois meses e mulheres a cada três.

A campanha se estende até as 18 horas de hoje e continua amanhã, domingo (16), das 8 ao meio-dia. “Quem puder ajudar compareça. É um gesto simples, mas de uma grandiosidade sem igual, já que muitas vidas podem ser salvas por meio disso”, recomenda Ana Maria, que espera retornar de Imperatriz na semana que vem, com sua filha Anna Klícia, que sonha em ser médica para também ajudar a salvar vidas.
“Espero que as doações alcancem e superem a meta. Doar sangue é doar vida”, finaliza Anna Klícia.

Reportagem: André Santos – Colaborador do Portal Pebinha de Açúcar

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