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Exposição de fuscas é promovida na Praça de Eventos em Parauapebas

Apaixonados por fuscas. Assim poderíamos definir os integrantes do seleto “Clube Carros Antigos Carajás” (CCAC), de Parauapebas (PA), fundado em 2018, inicialmente com fuscas e opalas, e hoje incluindo outras marcas.
O grupo tem um compromisso de uma vez por mês se reunir e expor os veículos em algum bairro e, depois, claro, dar uma volta em forma de comboio pelas ruas da cidade.

No final da bonita tarde de domingo (9), os amigos do CCAC levaram suas preciosidades da Volkswagen pela terceira vez nos últimos anos para a Praça de Eventos de Parauapebas e atraíram a atenção das pessoas que por lá passavam. Volantes, estofados, painéis, faróis, enfim, tudo original e os fuscas bem limpinhos, pareciam brinquedos de crianças. “Hoje, somos 55 participantes do CCAC, incluindo representantes das cidades de Curionópolis e Canaã dos Carajás, também no Pará. Começamos com apenas cinco integrantes, mas aí cada um foi falando com outros amigos e hoje o grupo está deste tamanho”, informou o presidente do Clube Carros Antigos Carajás, o administrador de empresas Bruno Cavalcante, natural de Belém, que mora em Parauapebas desde 2007.

Dono de um fusquinha 1968, Bruno disse que sua paixão pelos fuscas vem desde a infância, quando seu pai já possuía carros da famosa marca alemã. “O Fusca nos remete a muita coisa boa da vida, de um passado recente, da nossa juventude”, disse ele, acrescentando que “todos querem preservar seus carros antigos, umas verdadeiras raridades para a gente”.

 

O vereador José Pavão (MDB) é outro apaixonado por fuscas. Ele levou para a Praça de Eventos o fusquinha verde 1969, com a placa de São Luís (MA), sua cidade natal: AHQ 4711. “Eu tenho este fusca há mais de 15 anos, mas já possuí outros fuscas na minha vida. Vim de São Luís rodando nele e fiz uma boa viagem”, afirmou o vereador Pavão, destacando que possuir um fusca faz lembrar vários sonhos de infância. “O Fusca naquela época era o carro da moda. Me sinto bem ser apaixonado pelos fuscas e ter amor por estas relíquias do Brasil”, frisou.

Pavão disse ainda que o hobby pelo fusca remete-o à sua infância, quando a família dele já possuía fuscas. Perguntado pelo repórter se ele venderia o Fusca, o vereador declarou na hora: “Nunca. Amor não tem preço. Isto aqui é coisa de pai para filho”, deixando a entender que no futuro seu filho Thalison, de 12 anos, será o proprietário do fusca verde.

 

A história do Fusca

De acordo com o site www.carrobrasil.com.br, o Fusca começou a ser vendido no Brasil em 1950. O carro vinha desmontado da Alemanha e não era montado pela Volkswagen, que ainda não havia se instalado no país. A empresa responsável pela montagem era a Brasmotor. O modelo importado para o Brasil tinha o vidro traseiro dividido em dois.

No ano de 1953 o Fusca deixou de ser montado pela Brasnorte e a Volkswagen assumiu a montagem do carro no Brasil, com peças vindas da Alemanha. O modelo produzido já era o que tinha janela traseira única, oval.
Ainda segundo o site www.carrobrasil.com.br, no dia 3 de janeiro de 1959, foi iniciada a produção do Volkswagen Fusca no Brasil, sendo fabricado com peças nacionais em um galpão alugado no bairro do Ipiranga, em São Paulo. A falta de fornecedores de peças fez a Volkswagen sofrer para conseguir atingir o grau de nacionalização de 54% previsto em Lei.

No ano de 1986 a Volkswagen parou de fabricar o Fusca, alegando que era um modelo muito obsoleto, apesar de ser o segundo carro mais vendido daquela época, atrás apenas do Chevrolet Monza.

Em 1993 a empresa voltou a fabricar o modelo. Foi aprovada, então, a Lei do carro popular, que previa isenções e diminuições de impostos para os carros com motor 1.0, e o Fusca e o Chevrolet Chevette L, embora tivessem motores de 1.6l, foram incluídos. O carro vendeu bem, mas longe da meta esperada pela Volkswagen. Em 1996, a empresa deixou de produzir novamente o caro, com uma série especial denominada Sério Ouro. A partir daí, ele só seria produzido no México. Nesse período, foram produzidos no Brasil cerca de 42.000 exemplares. (Fonte: www.carrobrasil.com.br, com informação também sobre o Faixa Branca, o clube de carro antigo de Ribeirão Preto –SP, que promove encontros regularmente).

No site www.historiadomundo.com.br, o jornalista Rainer Sousa aborda em um artigo algumas curiosidades sobre o Fusca. Diz que Escarabajo, Huevito, Maggiolino, Bug, Coccinelle e Beetle são apenas alguns dos sinônimos utilizados para nomear o Fusca, um dos carros mais populares de toda a história. Os mais simpáticos à modernidade acham que esse automotor tem um sabor de nostalgia e que nem chega aos pés das possantes máquinas hoje produzidas. Por outro lado, uma grande legião de aficionados faz questão de conservar e manter viva a memoraria desse mito automobilístico.

É o caso dos amigos de Parauapebas que integram o Clube Carros Antigos Carajás, que tem o Fusca como seu destaque e é o xodó dos apaixonados por esse modelo da Volkswagen.

Veja mais um detalhe curioso sobre o Fusca, abordado pelo jornalista Rainer Sousa:

Apesar do bom nome, a História do Fusca está ligada a um contexto distante do glamour e da simpatia deste pequeno carro. Por volta de 1932, o alemão Ferdinand Porsche começou a esboçar os projetos de um novo carro que se chamaria “Volkswagen”, que em alemão significa “o carro do povo”. No meio tempo em que as primeiras versões eram experimentadas, o governo alemão se interessou pelo projeto e fez um investimento de 200 mil marcos para a fabricação de três protótipos.

E o site www.fuscaclube.com.br informou que a Volkswagen parou a produção mundial do Fusca em 10 de julho de 2019. E que o último Fusca que saiu da linha de montagem – versão mais moderna – passou a ser exibido no museu da Volkswagen.

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