A fuga ocorre quando há problemas no isolamento das fiações e conexões. A exemplo do que ocorre nos vazamentos de água, a evasão de corrente também é registrada pelo medidor, e o cliente acaba pagando por algo que não utilizou.
As instalações elétricas antigas, precárias, com emendas e com aterramento irregular propiciam a fuga. Para saber se há algo de anormal, o cliente deve analisar o consumo registrado em suas contas mensais. Caso haja uma diferença muito grande e súbita, sem que tenha acontecido uma mudança na rotina, como, por exemplo, a compra de um equipamento ou de algo que exija um gasto maior de energia, então é provável que exista algum problema nas instalações elétricas. Outra situação que pode ocorrer é o consumo aumentar aos poucos todos os meses, mesmo que não haja uma justificativa.
De acordo com o executivo da área de Recuperação de Energia da Celpa, River Gomes, há algumas orientações básicas para sanar o problema. “Em geral, recomenda-se que o cliente faça uma revisão das suas instalações elétricas a cada cinco anos, mas isso pode variar de acordo com o material que ele usou. Se for de boa qualidade, vai durar mais tempo e, provavelmente não haverá fuga”, explica o executivo.
Importante esclarecer que as instalações internas são de responsabilidade do cliente, então, somente após verificar com um eletricista particular que não existem problemas internos, o consumidor deve acionar a concessionária de energia. “A equipe da empresa pode ir ao local e ver se o problema é no medidor. Caso o problema seja esse, o equipamento será trocado sem ônus para o cliente”, informa River.
O executivo ainda faz um alerta para a segurança, pois a fuga de corrente elétrica ainda pode causar outros transtornos além dos financeiros. “É necessário ter muito cuidado com algumas situações, como, por exemplo, quando a fuga ocorre em emendas nas instalações elétricas internas. Isso pode causar choque e dependendo da situação pode até acarretar em um incêndio”, finaliza.