O governador Helder Barbalho solicitou nesta quarta-feira (2), o apoio da Força Nacional de Segurança Pública para combater os altos índices de criminalidade registrados no Estado. Por meio de ofício assinado e enviado ao Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Fernando Moro, o governador pediu o emprego de 500 agentes da Força Nacional para imediato reforço do efetivo local e preservação da ordem pública.
“Quero demonstrar para a sociedade que podemos promover a paz, envolvendo e mobilizando todo o governo, inclusive solicitando formalmente o pedido da Força Nacional”, ressaltou o governador.
Helder Barbalho disse que o pedido também visa estruturar novas políticas de segurança pública. Segundo o documento, o reforço do efetivo terá o prazo mínimo de seis meses podendo ser renovado por mais seis meses. O governador ainda solicitou que o efetivo seja cedido com a maior brevidade possível para fim de preservação da ordem pública.
Combate – O reforço das ações policiais anunciadas pelo novo governador do Estado do Pará, Helder Barbalho, teve início nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira. Uma ação integrada da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), envolvendo agentes da Polícia Militar, Cavalaria, Ronda Tática Metropolitana (Rotam), Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), Polícia Civil, Grupamento Fluvial, Corpo de Bombeiros Militar, Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe), Diretoria de Prevenção, Guardas Municipais, entre outros, levam o reforço da segurança para os bairros Benguí, Cabanagem, Guamá e Terra-Firme. A ação, que envolve cerca de 400 agentes, foi deflagrada às 9 horas, do Portal da Amazônia, com a presença do governador estadual. Mais de 50 viaturas estão sendo empregadas na ação.
Além da presença de autoridades e dos chefes de comando policiais, Helder Barbalho participou do ato que deu início a ação na capital. De acordo com o governador, os trabalhos serão intensificados e realizados de forma contínua, agindo sempre com o sistema de inteligência e tecnologia para coibir as ações criminosas.
A ação e os locais escolhidos para receber o reforço foram definidos no último dia 31 de dezembro, em reunião com o governador e titulares da pasta de segurança pública. A expectativa é manter a presença das forças policiais a fim de proporcionar a paz à população do Estado.
“Vamos trabalhar para garantir que esta página seja virada no Pará. Que onde comunidades estejam dominadas pelo tráfico ou pela milícia, isso não ocorra mais. Estamos certos de que o planejamento feito está correto. O bairro da Cabanagem, por exemplo, já tinha sido um dos escolhidos para o início das ações de ostensividade e contar com a presença dos agentes de segurança. Não é possível que continuemos a viver com o temor de carro prata, carro preto, milícias de tráfico sem que o Estado use de pulso firme, de pulso forte para combater isso. Por isso fiz questão de estar aqui hoje, ao lado da tropa, e fazer dessa questão meu primeiro ato de governo”, declarou o governador.
Além da capital, seis municípios terão a segurança reforçada simultaneamente. São eles: Castanhal, Abaetetuba, Marabá, Santarém, Altamira e Redenção. No restante do Estado, a segurança segue com o policiamento ordinário.
“Trinta e seis municípios compõem mais de 80% dos índices de criminalidade, de acordo com dados estatísticos oficiais do ano de 2018. Partindo desses números, a nossa estratégia está montada para fazer esse enfrentamento”, complementou o governador.
A Diretoria de Prevenção da Segup (Diprev) fará o contato com moradores das áreas atingidas pela ação a fim de ouvir os anseios da comunidade e, posteriormente, levar serviços oferecidos pelas instituições do Estado, como emissão de RGs, atendimento médico e dentário, entre outros. A atuação da área de prevenção ocorre hoje nos bairros da Cabanagem e Terra-firme.
Inteligência – O desencadeamento da ação policial será acompanhada pelo Centro Integrado de Comando e Controle, instalado no Centro Estadual Integrado de Inteligência (CEII).
“Essa é uma ação ininterrupta. Vamos continuamente avaliar se ela irá mudar de local, se mudará a forma, como está sendo aplicada, mas nunca se dará por encerrada”, destacou o secretário Adjunto da Segup, Coronel Arthur Moraes.