Estiveram presentes ainda o Ministro de Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho, que intermediou a realização da audiência, e que fez questão de estar presente durante do encontro. Estiveram presentes também, o Presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá (ACIM), Ítalo Ipojucan, o Diretor de Planejamento da Eletronorte, Adhemar Palocci e Antônio Paiva, Gerente da Assessoria Técnica da Presidência.
O deputado estadual, João Chamon, afirmou que sua preocupação com a realização da obra era na verdade buscava responder as duvidas da população afetada direta e indiretamente com empreendimento. “Vi uma matéria do jornal O Estado de S. Paulo, cuja manchete era que o governo estava desistindo de usinas na Amazônia. Como parlamentar e como cidadão marabáense não podia me omitir do debate. E fiquei muito entusiasmado com a afirmativa de que o governo não desistiu e não vai preterir a implantação da hidrelétrica, que é fundamental para a região e para o país” disse o peemedebista.
Chamon garantiu ainda que a obra da hidrelétrica continua sendo prioridade, e vai ser construída, mas alguns atrasos devidos a tramites e dados técnicos, como por exemplo a emissão de licenças estão ocorrendo, e que segundo ele é normal. “Estes entraves são naturais quando estamos tratando de uma obra desta grandiosidade. A hidrelétrica é uma realidade e saber que tudo continua dentro dos planos do governo foi uma grande notícia para o modal energético do País”.
De posse da confirmação por parte do governo que a hidrelétrica continua sendo prioridade, o deputado João Chamon e o presidente da ACIM, Ítalo Ipojucan mudaram suas passagens e seguem direto para Marabá, onde já nesta quinta-feira, 5, devem começar a articulação e diálogos com as lideranças locais. O objetivo é unir todos na busca de uma base para auxiliar o governo Federal na realização das ações necessárias, a fim de destravar os processos da obra, e ajudar a Eletronorte a dar início as obras o mais breve possível.
“Agora nós vamos discutir com as principais lideranças de Marabá e da região as nossas ações e projetos, pois temos consciência que está hidrelétrica vem trazer um grande progresso para nossa região, mas também terão problemas e que precisamos começar a discutir neste momento inicial, tudo em defesa dos interesses da nossa região. Vamos dialogar com os líderes indígenas, entidades de classes, sociedade civil organizada, enfim, todos que forem atingidos pela obra”. finalizou o deputado João Chamon.
Para o Ministro de Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho, este momento inicial é fundamental o diálogo. Ele destaca a importância da obra. “A obra vai gerar emprego, aquecer a economia e também trazer desenvolvimento para da região, além claro da oferta de energia neste momento em que o Brasil sofre com a falta dela. Dialogar sobre os investimentos da construção é fundamental e a população precisa estar acompanhando tudo e ficar ciente do que a hidrelétrica representa” disse o ministro Helder Barbalho.
O presidente da ACIM, Ítalo Ipojucan, grande líder empresarial da região e que também vem acompanhando o projeto desde o começo. Com a confirmação da execução do projeto, Ítalo acredita que Marabá e todos os municípios afetados pela obra, devem ter um grande crescimento econômico. “As regiões Sul e Sudeste do Pará devem aproveitar a ocasião para dinamizar novos modelos de desenvolvimento que a região passa a exigir, implementando parques industriais, dinamizando a economia do comércio, explorando principalmente nossos principais setores, que aliados a hidrelétrica teremos um potencial fantástico para região, sendo uma referência no Norte do país” afirmou.
Ipojucan ainda destacou o fato de Marabá está preparada para atender todas as necessidades da obra, garantindo que a procura de serviços estruturais e mão-de-obra terá a demanda atendida. “Marabá está preparada, pois em entre 2009 e 2010 com o anúncio da ALPA a cidade e todas as classes, políticas e empresariais, se mobilizaram para que pudesse ter um fortalecimento na sua capacidade de mão-de-obra e trabalhamos fortemente para isso. chagamos a capacitar mais de 12 mil pessoas para estarem habilitadas para trabalhar naquele momento em que a ALPA tinha uma estimativa de empregar cerca de 16 mil pessoas no pico de sua obra. A classe empresarial também buscou informações e exemplos para que Marabá estivesse preparada para aquele ambiente. Eu acredito que o fato de não ter acontecido a ALPA, claro, houve uma frustração muito forte, mas hoje a cidade dispõe de uma estrutura. Hoje a Hidrelétrica está sendo apresentada com números bem mais modestos, as demandas de contratação também são inferiores, mas acredito que a cidade está preparada. Vamos trabalhar agora na antecipação das principais medidas dentro da cidade e evitar que falsas expectativas sejam criadas” disse.
Durante a audiência, entre as informações repassadas pelo Diretor-Presidente da Eletronorte, Tito Cardoso, está o envio a Marabá do Superintendente de Meio Ambiente, Rubens Guilhard, para reunir com as lideranças e população a fim de esclarecer dúvidas do projeto. Outra confirmação feita por pelo mandatário da Eletronorte, foi a da participação dele e do Diretor de Planejamento, Adhemar Palocci na Sessão Especial que deverá ser realizada na Assembleia Legislativa que vai tratar do assunto. A Sessão foi solicitada pelo deputado João Chamon, e foi aprovada por unanimidade.
Chamon garantiu que devem ser convidados todas as lideranças da região, e que só aguarda agendamento por parte da ALEPA para que sejam enviados os convites.