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Governo do Estado orienta sobre perigos do uso excessivo de telas por crianças

Não é possível dissociar o uso das telas, seja de celulares, televisões ou computadores, da sociedade em geral hoje em dia, entretanto, o tempo de exposição, sobretudo, nos primeiros anos de vida, é um ponto de alerta. O Governo do Estado destaca os perigos para a saúde mental e cerebral que o uso exagerado de telas por crianças pode trazer, especialmente, no desenvolvimento infantil.

“Precisamos refletir sobre o quanto do uso dessas telas é educacional ou está trazendo benefícios lúdicos para essa criança. Não é recomendado que uma criança menor de 2 anos utilize as telas porque é o momento em que ela está desenvolvendo habilidades de atenção, concentração, de memória, de habilidades de percepção do ambiente e o uso das telas confunde um pouco pelos estímulos, cores, luzes, fazendo com que a criança não consiga distinguir o que é real do que não é”, destaca Ícaro Ferreira, neuropsicólogo especialista em ABA (Análise Aplicada do Comportamento) do Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR).

As telas, em geral, provocam a liberação de um neurotransmissor no cérebro que, ao levar informações do cérebro para as várias partes do corpo, provoca a sensação de prazer e satisfação, chamado dopamina. Ela pode gerar um ciclo vicioso que ocasiona perigos à saúde.

Entre as orientações do Governo para evitar o uso excessivo de telas, estão: estabelecer ambientes ou períodos onde o celular não pode ser usado; estimular os filhos a fazer atividades ao ar livre ou praticar esportes; ensinar que é importante ter momentos de pausa, de descanso da mente para estimular a criatividade e o desenvolvimento do cérebro, entre outros.

Frida Menezes, mãe do Charlie, de 2 anos, lia sobre a exposição de telas a crianças mesmo antes do filho nascer. “Eu falava que se tivesse um filho, queria que ficasse distante das telas, porque pesquisava o quanto poderia influenciar negativamente no desenvolvimento e no bem-estar da criança. Consegui evitar por 2 anos, sempre buscando alternativas de brincadeiras e atividades em casa, passeios, especialmente no Porto Futuro, que é próximo de casa, estimulando brincadeira com primos. Atualmente, ele tem acesso a telas em casos muito específicos, mas sigo evitando ao máximo”, relata.

Entre os espaços de lazer do Governo do Estado, estão: Estação das Docas, Mangal das Garças, Parque do Utinga, os espaços de convivência das Usinas da Paz, Parque Urbano Porto Futuro, os Museus e Memoriais do Complexo Feliz Luzitânia, Theatro da Paz, a Estação Cultural de Icoaraci e o Parque da Residência.

Jogos – Usar as telas, principalmente em joguinhos, segundo o neuropsicólogo, requer atenção porque estimula algumas áreas do cérebro relacionadas à recompensa.

“Quando eu tenho uma recompensa muito rápida, acostumo o meu cérebro a isso e não estimulo outras áreas relacionadas à tolerância, atenção, concentração ou mesmo da resiliência, características que desenvolvo num brincar em uma interação com pares, por exemplo. Se eu não conseguir mediar o uso das telas com outras atividades, deixo a criança aquém de uma atividade que é o brincar, que faz, inclusive, com que a criança tenha acesso a um repertório de interesse, trabalhe a atenção compartilhada, conheça novas culturas, novas formas de comunicar, entre outras habilidades”, pontua.

Tempo de tela – De acordo com recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso de telas na infância deve ser restrito. Os menores de 2 anos de idade, por exemplo, não devem ter acesso algum. Entre 2 e 5 anos, permanência máxima de uma hora por dia. Entre 6 e 10 anos e tempo deve ser de até duas horas.

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