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Homem que deixou paraplégico Pedro Saraiva vai a Júri Popular em Parauapebas

Pedro Saraiva da Costa se transformou em um grande esportista

Um crime ocorrido em janeiro de 2009 com conseqüência que mudou a vida da vítima; que, alvejada por um tiro de espingarda, ficou com deficiência permanente. Trata-se de Pedro Saraiva da Costa, alvejado por Roque Silva de Oliveira, preso minutos depois do atentado.

O réu foi levado a Júri Popular, na última segunda-feira (26) na presença do Juiz de Direito Celso Quim Filho, titular do Juizado Especial e da 1ª Vara Criminal de Parauapebas.

“Eu nem mais esperava que isso viesse a acontecer, pois, já se passaram 11 anos desde que fui vitimado”, afirmou Pedro Saraiva em seu depoimento, momento em que respondeu às perguntas da Promotora de Justiça Dra. Magdalena Torres Teixeira, que atuou na acusação do réu.

Ainda em seu depoimento, Pedro Saraiva falou do que passou nos primeiros meses posteriores ao atentado, e como o ocorrido mudou drasticamente sua rotina e forma de viver. Ele era microempresário no segmento de funilaria de automóveis onde receberia seu futuro, agressor que sempre passava por lá para tomar café ou pedir algum trocado, já que era alcoólatra.

Pedro Saraiva, disse ainda em sua narrativa que nesses 11 anos em que vive em uma cadeira de rodas, não teve nenhuma assistência dos familiares de seu agressor, tendo desfeito de bens para se manter e adquirido cadeira de rodas com mais conforto com recursos próprios, pagando sob financiamento. “Após o ocorrido, a mudança de vida me levou a desenvolver depressão; e isso me fez repensar os hábitos e começar a praticar esportes”, conta Pedro, dando conta de que hoje é atleta, tendo participado de importantes competições, entre elas, a Meia Volta da Pampulha, além de competições regionais.

 

O réu Roque Silva de Oliveira, foi defendido pela Defensora Pública, Kelly Soares, e alegou que o julgado tem transtornos mentais, tendo sido, inclusive, interditado pela família do mesmo antes de ter cometido o delito. E foi essa alegação que o tirou da cadeia, pois, com o laudo, certificando que Roque sofria de transtornos mentais, a justiça mandou solta-lo 18 meses após ter alvejado Pedro Saraiva.

Porém, o esforço do pai de Roque, citado no processo apenas como , foi pago com agressões, vindas do filho que, há cerca de dois anos, o tentou matar fazendo uso de um caibro (peça de madeira usada na cobertura de casas); motivo que a justiça mandou que fosse de novo recolhido à prisão.

O julgamento de Roque Silva de Oliveira foi interrompido, após terem sido ouvidas apenas duas testemunhas de acusação, motivado pela notícia da morte de um familiar de um dos jurados. Assim, o Juiz de Direito Celso Quim Filho, entendeu ser melhor adiar o julgamento em atendimento à necessidade do jurado que não poderia ser substituído nem ter contato, durante a audiência, com pessoa que não fizesse parte daquele ato.

A nova audiência foi marcada para o dia 5 de agosto deste ano, 2019, na Sala do Júri, onde, mais uma vez, Roque Silva de Oliveira irá enfrentar o Júri Popular que definirá seu futuro em conseqüência ao delito cometido.

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