Por volta das 18h40 do último domingo, 23, duas pessoas da mesma família foram assassinadas e outra baleada, quando segundo informações, chegaram ao local quatro indivíduos armados em duas motos Broz, que após estacionar na rua lateral, entraram na residência perguntando por uma arma. “Cadê a arma, cadê arma”, perguntaram os elementos, que depois de uma varredura no local, executaram as vítimas a tiros. O crime aconteceu na Rua Nova Conquista, esquina com a Rua Castanheira, Bairro Nova Vitória, em Parauapebas.
O dono da casa identificado por Pedro Pinheiro, de 34 anos de idade, natural de Santa Helena (MA) e o adolescente Matheus Santos da Silva, de 17, morreram instantaneamente no local, já um terceiro membro da família identificado como Paulo Ricardo, de 19 anos, foi baleado na cabeça, socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado ao Hospital Municipal de Parauapebas, onde se encontra internado. Outro adolescente de 14 anos de idade também foi levado ao hospital com um grande corte na perna. Ele se feriu quando correu para escapar dos assassinos.
Francidalva dos Santos Silva, 33, mãe e esposa das vitimas fatais, contou para reportagem que ela estava sentada na varanda da casa, enquanto seu esposo e os filhos estavam na sala assistindo TV, momento em que foram surpreendidos pelos desconhecidos que chegaram ao local com armas em punho, lhe renderam e a levaram para dentro da casa, instante em que colocaram ela de joelhos e passaram a fazer ameaças para que ela dissesse onde estava uma suposta arma.
“Eles me levaram para dentro de casa, colocaram um pano em meu rosto e me colocaram de joelhos, mandando que eu falasse onde estava a arma, caso contrário eu iria morrer, mas eu respondi que aqui não tinha arma nenhuma. Um deles me trouxe para a mesma cadeira que eu estava sentada antes e manteve a arma apontada para a minha cabeça”, contou a viúva, acrescentando que logo em seguida os assassinos apagaram a lâmpada e ficaram conversando baixo exigindo a arma.
Enquanto isso, os outros dois indivíduos vasculhavam toda a casa em busca da tal arma. A viúva contou ainda que passando alguns minutos, ela escutou três disparos efetuados no interior da sala, enquanto isso, ela continuava com o rosto coberto.
Somente ao perceber que os assassinos já haviam deixado o local, Francidalva Santos tirou o pano do rosto e percebeu que seu marido e um dos filhos estavam mortos. Em ato continuo a mesma pediu socorro aos vizinhos que acionaram a polícia.
Na hora da chegada dos pistoleiros, o adolescente de 14 anos que também estava sentado na varanda da casa mexendo no celular, conseguiu correr e pular a janela da casa, instante em que cortou a perna em um prego.
A reportagem conversou com o tenente PM Freitas, segundo ele, as primeiras informações levantadas no local do crime pela polícia dão conta que o assassinato levantou a hipótese de crime por encomenda ou acerto de contas, uma vez que as pessoas mortas estariam envolvidas em roubo de motos e assaltos a transeuntes nas ruas da cidade, o que para o policial pode ter levado a uma de suas vítimas fazer justiça com suas próprias mãos.
A reportagem tentou ainda conversar com moradores vizinhos ao cenário do crime, mas, ninguém se arriscou em falar com a imprensa, porém, em off, moradores confirmaram que no local havia uma movimentação estranha e que os vizinhos estariam envolvidos no submundo do crime.
Na porta da frente onde moravam as vítimas havia três desenhos, um de uma arma e de dois palhaços com a escrita “vida louka”.
Reportagem: Caetano Silva – Freelancer