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Índice de vetor da dengue é alto em Parauapebas

Segundo o diretor da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Parauapebas, Marcelo Cláudio Monteiro da Silva, os trabalhos para combater os focos de dengue têm se intensificado, tanto na parte clínica quanto na epidemiológica.

Segundo ele, é a partir da parte epidemiológica que se pode saber como está o quadro da doença no município, pois, de acordo com previsões técnicas, a cada três anos ocorre o famoso “boom” da doença, como ocorreu em 2012.

“Este ano não deveria ter muitos casos da doença, mas, por mais que tenhamos uma quantidade menor de casos confirmados de dengue, a preocupação está voltada para um agravante: trata-se do fato de que antes do período chuvoso já tivemos um alto índice de vetor que significa a quantidade de larvas por imóveis”, lamenta Marcelo, mensurando que o índice foi de 4,9 tendo pico de 6.2, enquanto o nível normal deve ser menor que um ponto.

Em comparação com 2008, quando ocorreram 3.239 notificações e destas 1.265 foram casos confirmados de dengue, no ano de 2012, com 1.348 notificações e 1.338 casos confirmados, pode se dizer que 2013 a dengue sofreu derrota na pontuação tendo, até o dia 30 de agosto, 778 notificações e 549 casos confirmados.

Em relação ao mesmo período no ano anterior, de 1º de janeiro a 30 de agosto, os casos confirmados caíram, em média, 60%, pois ocorreram 1.317 confirmações de infecção pela doença contra apenas 549 deste ano.

Isto aconteceu, segundo Marcelo Cláudio, devido a investimento em educação e no combate da doença, aplicando veneno em possíveis criatórios das larvas.

Ele admite, porém, que o agravamento da situação se dá pela falta de cooperação da população, que não cuida dos reservatórios de água.

Exemplo claro nos bairros tidos como nobre: Chácara do Sol, Chácara da Lua e Chácara das Estrelas, onde, mesmo contando com saneamento adequado, o índice de vetor por domicílio é considerado alto.

Nessas localidades, segundo a equipe de agentes, os reservatórios de água ficam sobre o forro não dando acesso ao morador para fazer a devida desinfecção.

Mas, em bairros periféricos como os do Complexo Altamira, formado pelos bairros Betânia, Vila rica, Novo Horizonte, Populares I e Populares II; outros bairros como Liberdade I, Liberdade II, Jardim Tropical e União também tem um alto índice de vetor.

“A dengue não escolhe classe econômica, basta ter um reservatório aberto ou qualquer local que forneça água para sua reprodução”, detalha Marcelo, mensurando que o aumento nos casos da doença se dá também pelo acelerado crescimento populacional que apresenta um aumento de pelo menos 2 mil pessoas por mês.

O mosquito da dengue não nasce infectado, ele precisa de uma pessoa contaminada e apenas repassa a doença; o vetor tem passado por evoluções, ganhou a longevidade de 30 dias e consegue se reproduzir, seus 3 mil óvulos, também na água suja; ganhou também resistência com um sobrevoo de até 3 mil metros, podendo contaminar pessoas de praticamente todo um bairro.

Neste período a Secretaria Municipal de Saúde contrata reforços aumentando o efetivo de agentes para trabalhar na prevenção e controle da dengue, número que saltará de 65 pra 115 profissionais.

Reportagem: Francesco Costa / Foto: Arquivo

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