Já passa de 100 o número de indígenas das etnias Kayapó e Xikrin que ocupam desde as primeiras horas da noite desta terça-feira (9) o prédio da Prefeitura Municipal de Parauapebas; cidade da região sudeste do Pará, distante 716 quilômetros da capital, Belém.
Os primeiros a chegar são da Aldeia Djudjêkô, mas, de acordo com o Cacique Kamrek, outros diversos deverão chegar das aldeias Cateté e Ô-ODjá, todos da mesma etnia.
A equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar esteve no local, onde registrou as imagens dos guerreiros e guerreiras indígenas que faziam danças se preparando para o que virá amanhã, quando esperam se reunir com o prefeito Darci Lermen e reivindicar assuntos que estão em uma pauta.
O ápice da manifestação é a estrada que interliga as três aldeias com os municípios de Água Azul do Norte, Ourilândia do Norte e Tucumã.
Foi nesta estrada, segundo os indígenas, que uma viatura da concessionária de energia elétrica (CELPA) colidiu com um carro da comunidade, vindo a ferir duas índias que agora estão se recuperando em Belém. Por isso, vieram e ocuparam o saguão da prefeitura com barracas, devendo ser ocupados outros espaços do prédio público.
A expectativa do grupo, conforme explicou o cacique Kamrek, é que, logo pela manhã, o prefeito traga resposta para a reivindicação, pois, caso contrário, os serviços naquele prédio serão inviabilizados.
https://youtu.be/ubSmcvgLYZA
Outro lado
A equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Parauapebas (Ascom), que por sua vez, nos encaminhou uma nota, confira abaixo na íntegra:
“Os 115 índios da etnia Xikrin foram recebidos no início da noite desta terça-feira (9) por representantes do gabinete do Executivo e pelo secretário de Obras do município. Eles foram acolhidos e ficou agendada uma reunião para o primeiro horário da manhã desta quarta-feira (10). Sobre a pauta de reivindicações, a prefeitura informa que iniciou, no dia 3 de junho, obras de infraestrutura em estradas vicinais que dão acesso às aldeias indígenas. Os serviços contemplam abertura de vias, limpeza e cascalhamento que proporcionarão melhor trafegabilidade”.
