Pesquisar
Close this search box.

Jovem de Parauapebas enfrenta rotina da UTI Neonatal em Marabá com esperança no aleitamento materno

Thuany Reis acompanha há dez dias a filha prematura no Hospital Regional do Sudeste do Pará e sonha com o momento de amamentar no colo

No Hospital Regional do Sudeste do Pará Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá, cada gesto de cuidado vai além da técnica: representa vínculo, amor e esperança. É nesse ambiente delicado da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal que Thuany Reis, de 25 anos, moradora de Parauapebas, tem vivido dias de luta e fé ao lado da filha Suria Raabe, nascida prematura.

Há dez dias, mãe e filha enfrentam juntas a rotina intensa da internação. Impedida de amamentar diretamente, Thuany encontrou no apoio da equipe de saúde o caminho para manter a nutrição da bebê. “Recebo sempre orientações de como amamentar e isso me dá força para continuar. Aprendi a retirar o leite, que hoje é oferecido à minha filha pela sonda, mas meu maior sonho é logo poder colocá-la no colo e amamentar”, relatou emocionada.

Rede de apoio e solidariedade

Na UTI Neonatal, cada mãe é também um apoio para a outra. Kassia Cardoso, moradora de Marabá, que acompanha há 12 dias a filha Katrina Patrícia, reforça esse laço coletivo. “Aqui a gente se apoia, compartilha experiências e aprende todos os dias. Saber que minha filha recebe o meu leite, mesmo pela sonda, dá esperança de que logo vou poder tê-la nos braços e amamentar de verdade”, disse.

Estrutura e acolhimento

O HRSP, gerenciado pelo Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA) em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), dispõe de nove leitos exclusivos para recém-nascidos em estado grave. Além da alta tecnologia e protocolos de complexidade, o hospital é reconhecido pelo acolhimento às famílias, valorizando o protagonismo materno no processo de recuperação dos bebês.

Orientações que salvam vidas

Na unidade, a Comissão de Aleitamento Materno (CAM) realiza ações educativas com mães de crianças internadas, gestantes de alto risco e até colaboradoras grávidas. O trabalho inclui ensinamentos sobre ordenha manual, higienização e estímulos para aumentar a produção do leite.

A enfermeira Mayara Feitosa, responsável pela UTI Neonatal, explica a importância do processo: “Nosso papel é estimular o aleitamento materno em todas as formas possíveis. Mesmo que o bebê ainda não consiga mamar no peito, o leite ordenhado já é fundamental para sua recuperação. Para um prematuro, o leite materno é como um medicamento natural, protege de infecções e auxilia no desenvolvimento do sistema imunológico”.

Além do aspecto técnico, Mayara destaca que o contato pele a pele e o apoio emocional são essenciais: “O leite materno é mais do que alimento, é vínculo, é cuidado e é esperança. Nosso compromisso é estar ao lado de cada mãe, mostrando que, mesmo nos momentos mais desafiadores, ela é parte essencial da recuperação e da vida do seu filho”.

Referência no atendimento infantil

O HRSP é referência em média e alta complexidade pediátrica. A unidade conta com 135 leitos, sendo 38 de UTI (neonatal e pediátrica) e 97 de internação clínica, todos 100% gratuitos via Sistema Único de Saúde (SUS).

Para Thuany, a estrutura do hospital e o apoio recebido se tornam combustível para manter a esperança. O maior desejo da jovem mãe de Parauapebas é simples, mas cheio de significado: segurar a filha nos braços e amamentá-la com todo amor que transborda em seu coração.

Qual sua reação para esta matéria?
+1
0
+1
0
+1
0
+1
0
+1
0
+1
0

Leia mais

Deixe seu comentário