Durante a manhã desta quarta-feira (13), a Polícia Civil realizou uma operação no município de Canaã dos Carajás que resultou na prisão preventiva do vereador Zilmar Costa Aguiar Júnior, conhecido como Júnior Garra.
Em declarações prestadas à imprensa, o Delegado Gabriel Henrique, titular da 20ª Seccional de Polícia Civil em Parauapebas, afirmou que se trata do cumprimento de mandados de busca e apreensão e prisão em desfavor do vereador Júnior Garra.
“A Polícia Civil foi convocada pelo Poder Judiciário Eleitoral para dar cumprimento aos mandados de busca e apreensão e prisão do vereador conhecido como Júnior Garra. Fizemos o cumprimento juntamente com oficiais de justiça e apoio da PM de Canaã e prendemos o acusado, além da apreensão de dinheiro e armas de fogo”, relatou o Gabriel Henrique, afirmando que Júnior Garra será também autuado em flagrante e delito pelo crime de posse de arma de fogo.
Ainda de acordo com o Delegado Gabriel, no momento que as autoridades policiais chegaram em sua casa, Júnior Garra não estava, e foi nesse momento que ele foi encontrado e preso na casa de outro vereador em Canaã dos Carajás através de diligências dos policiais. Na oportunidade, os policiais fizeram a apreensão de documentos na casa do parlamentar e também em uma autoescola que era de propriedade dele e que foi vendida recentemente.
Agora, Júnior Garra será encaminhado para Parauapebas, onde será apresentado em audiência de custódia nesta tarde do Fórum. O parlamentar está sendo acusado de ter praticado crimes eleitorais no ano de 2016.
A prisão foi decretada pelo juiz eleitoral Lauro Fontes Júnior em decisão no processo eleitoral número 70662019 impetrado pelo Ministério Público Eleitoral de Canaã dos Carajás.
Defesa de Júnior Garra se manifesta
Quem também conversou com a imprensa foi o advogado Marcos Tavares, que na oportunidade, afirmou que a Justiça decretou a prisão de Júnior Garra com base em fofocas. “Trata-se de um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça Eleitoral de Parauapebas por supostas acusações a testemunhas de uma investigação eleitoral, apenas isso, não tem nada além disso. Foram feitas buscas e apreensões e ocorreu a prisão de Júnior Garra aqui em Canaã. A defesa tem convicção de que vai nos próximos dias conseguir a revogação. A denúncia é sobre supostas compras de votos nas eleições passadas e não é nada com relação a recursos públicos. Trata-se também de supostas coações a testemunhas, porém, o vereador não tem nenhum tipo de contato com essas pessoas”, relatou o advogado.
Sobre as armas que foram apreendidas na casa de Júnior Garra e também em sua chácara na zona rural, a defesa do vereador afirmou que elas têm registro, porém, sem documento de porte e posse.
Confira a íntegra da decisão do juiz eleitoral que resultou na prisão de Júnior Garra: