A ideia da ex-ministra é fazer o anúncio de um “acordo programático”. Esse apoio seria costurado a partir de itens convergentes nos programas dos dois, como o fim da reeleição e a reforma tributária. Ainda não se sabe se a adesão de Marina ocorrerá com o PSB ou se será uma manifestação da Rede Sustentabilidade, grupo político da ex-ministra abrigado no partido que foi presidido por Eduardo Campos, morto em agosto.
Marina diz que não quer condicionar sua decisão a cargos, o que ela define como “velha política”. O caminho da “nova política” é pedir um compromisso formal de pontos do programa de governo anunciado pelo PSB em agosto. No domingo (05), em discurso após reconhecer a derrota, Marina deu a entender que não ficaria neutra de novo e que os brasileiros demonstraram “sentimento de mudança” nas urnas.
Definição se aproxima
Para membros do PSB e partidos coligados, os ataques da campanha petista impedem uma aproximação com Dilma. “Não há como conversar com o PT”, disse Sérgio Xavier, um dos assessores mais próximos de Marina. “A nova política é você se unir a partir de um programa de governo, e é isso que nós queremos fazer.”
A tendência entre os partidos aliados de Marina é apoiar Aécio. Já se manifestaram nesse sentido o presidente do PPS, Roberto Freire, que convocou reunião para hoje, e o do PSL, Luciano Bivar. Dirigentes de PHS, PPL e PRP também tendem a declarar adesão à campanha do tucano.
No PSB, foi marcada para amanhã uma reunião da Executiva para se buscar um consenso sobre o Segundo Turno. A Rede também discute o assunto amanhã. Na última segunda-feira (06) lideranças do PSB já começaram a indicar preferência por Aécio ou mesmo a declarar voto no tucano.
Reportagem: Revista Exame