Prefeito acusa governo federal de travar verbas por motivação política; Ministério afirma que repasse de R$ 1,3 milhão depende de documentação pendente da prefeitura

O clima esquentou nos bastidores políticos entre Marabá e Brasília. O Ministério do Turismo (MTur) rebateu publicamente as declarações do prefeito de Marabá, Toni Cunha (PL), que acusou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de realizar uma “perseguição política” contra o cantor sertanejo Zezé Di Camargo.
A polêmica começou após o prefeito publicar um vídeo nas redes sociais reclamando do suposto cancelamento de uma verba da União destinada ao custeio do show do artista na festa de Réveillon da cidade.
A versão do Ministério do Turismo
Em nota oficial, a pasta responsável pelos recursos informou que a proposta, no valor de R$ 1,3 milhão, para o fomento de eventos turísticos em Marabá, já foi empenhada e está sob análise desde outubro. No entanto, o Ministério alega que o contrato ainda não foi assinado devido à falta de envio da documentação necessária por parte da prefeitura.
O Ministério também buscou desvincular o governo federal da escolha do artista, ressaltando a autonomia municipal: “O Ministério esclarece ainda que a decisão de quais atrações e/ou artistas contratar é uma premissa do município, não havendo qualquer interferência do governo do Brasil na utilização do recurso”.
Toni Cunha reage: “informações injustas”
O prefeito Toni Cunha não recuou e voltou a criticar a postura do governo federal, negando que existam documentos pendentes. Segundo Cunha, o fato de os recursos terem sido empenhados prova que a documentação estava em ordem, uma vez que o empenho é uma etapa avançada do processo de pagamento.
O gestor municipal chegou a afirmar que houve o cancelamento específico de empenhos que envolviam os valores para o show de Zezé Di Camargo.
- Saúde financeira: Cunha destacou que Marabá possui R$ 450 milhões em caixa.
- Justificativa: O prefeito afirmou que sua cobrança pelos repasses acordados é uma questão de respeito ao povo marabaense.
- Crítica ao Governo: Ele sugeriu que o Ministério não consegue “justificar o injustificável” e pediu que a União reconheça o equívoco e cumpra seus compromissos.
O impasse do réveillon
Enquanto as partes trocam acusações, a população de Marabá aguarda uma definição sobre a festa da virada. De um lado, o governo federal mantém que a burocracia documental impede o repasse; do outro, a gestão municipal sustenta que há uma barreira política impedindo a chegada dos recursos para o evento.























