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Motoristas da 99 na mira: Justiça denuncia prática ilegal de cobrança paralela

Documento da 7ª Promotoria de Justiça alerta para riscos ao consumidor e dá prazo de 30 dias para empresa cumprir exigências

A 7ª Promotoria de Justiça de Marabá, por meio da promotora Mayanna Silva de Souza Queiroz, expediu a Recomendação Ministerial nº 010/2025-MP/7ªPJMAB à empresa 99 Tecnologia LTDA (99 Táxi), após denúncias de que motoristas estariam cobrando valores diretamente de passageiros, prática conhecida como “corrida por fora” do aplicativo.

Segundo o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), essa conduta viola o Código de Defesa do Consumidor (CDC), os Termos de Uso da própria plataforma e ainda representa riscos à segurança e à transparência do serviço.

Medidas recomendadas

Entre as ações que a 99 deverá adotar, estão:

  • Aprimorar os mecanismos tecnológicos para identificar e coibir negociações paralelas;
  • Aplicar sanções severas a motoristas que praticarem a irregularidade, incluindo bloqueio definitivo em caso de reincidência;
  • Criar canais ágeis de denúncia e garantir a devolução imediata de valores cobrados indevidamente;
  • Ampliar a divulgação das regras de uso e deixar claro que corridas fora do aplicativo não têm cobertura securitária;
  • Realizar campanhas educativas voltadas a motoristas e usuários sobre os riscos e ilegalidades dessa prática

Proteção ao consumidor

A recomendação ressalta que apenas corridas registradas no aplicativo contam com respaldo contratual e cobertura de seguro. Ao aceitar negociações “por fora”, os consumidores ficam sem garantia de indenização em caso de acidente, além de correrem risco de cobranças abusivas.

A promotora destacou que o MPPA atuará de forma firme para coibir abusos e proteger os direitos dos usuários. Caso a empresa não atenda às exigências no prazo de 30 dias, poderão ser adotadas medidas administrativas, civis e judiciais, como Ação Civil Pública e comunicação aos órgãos de defesa do consumidor

Fiscalização integrada

O documento também foi encaminhado ao Decon, ao Procon municipal e à Comissão de Defesa do Consumidor da OAB, que deverão intensificar a fiscalização e aplicar sanções aos motoristas que descumprirem a lei.

Com essa medida, o Ministério Público do Pará (MPPA) busca garantir mais segurança, transparência e respeito aos direitos dos consumidores, reforçando que práticas ilegais no transporte por aplicativo não serão toleradas.

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