Na última quarta-feira, 22, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), representado pela promotora de Justiça de Parauapebas, Madalena Jaguar, realizou uma visita carcerária ao presídio do município, seguida de uma reunião com representantes da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) e outras instituições. A atividade teve como objetivo avaliar as condições da unidade prisional e discutir melhorias na gestão e nas demandas dos internos.
A visita inicial contou com a participação do diretor do presídio, Lucas Rabaschi; do coordenador do interior da SEAP, Thiago Chagas; do corregedor do interior da SEAP, Cavalcante; e do defensor público Luiz Gustavo Albuquerque. Nos blocos carcerários, a promotora Madalena Jaguar ouviu as principais reivindicações dos detentos, que foram posteriormente apresentadas na reunião com os gestores da SEAP e demais autoridades.
Durante a reunião, foram debatidos diversos problemas enfrentados pela unidade prisional. Um dos pontos mais críticos destacados pelo MPPA e pela Defensoria Pública foi a precariedade da rede de internet da casa penal, que tem prejudicado a realização de audiências devido à demora na execução de um novo contrato com a empresa responsável pelo serviço. A melhoria desse sistema foi apontada como prioridade para agilizar os trâmites processuais.
Além disso, outras demandas relacionadas ao bem-estar dos internos foram discutidas, como a necessidade de renovação dos colchões tipo “casca de ovo”, cuja curta vida útil é agravada pela umidade típica do período chuvoso, favorecendo o surgimento de doenças de pele. Também foram levantadas questões sobre a melhoria da alimentação fornecida, a reposição de itens essenciais nos kits de higiene e a viabilidade de implantar tornozeleiras eletrônicas no próprio município de Parauapebas, evitando o deslocamento de presos em prisão domiciliar até Marabá.
Na ocasião, foram discutidas também propostas de parceria com o município e outras instituições para aprimorar a gestão prisional. Uma das sugestões foi a realização de trabalhos externos de limpeza por detentos em logradouros públicos, como praças, escolas e cemitérios. O modelo, já adotado em outros municípios e na capital, visa contribuir para a redução de penas e a ressocialização dos internos.