Em decorrência de notícia veiculada pelo jornal ‘O Liberal”, de que o primeiro caso no Estado do Pará do chamado “fungo preto” (mucormicose) teria sido verificado no Hospital Regional de Conceição do Araguaia, o promotor de Justiça Alfredo Martins de Amorim, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Conceição do Araguaia, instaurou a Notícia de Fato de nº 001531-382/2021 e requisitou informações detalhadas sobre a procedência da notícia, bem como se o procedimento rotineiro de serviço de controle de infecção hospitalar feito pela comissão responsável pelo controle da IRAS (Infecções Relacionadas à Assistência a Saúde), seria eficaz para debelar a presença desse micro-organismo.
No documento enviado a Promotoria questiona também a periodicidade desse serviço, incluindo desinfecções dos respiradores utilizados na UTI local.
Consta que tal infecção acometeria pacientes imunodeprimidos, como aqueles portadores de Covid-19 que se encontram internados, quadro que seria agravado pelo uso de corticoterapia para conter a chamada “tempestade inflamatória” que seria um dos agravos decorrentes daquele vírus.
“A depender das medidas informadas e ou eventual deflagração de estudo com base científica para que se identifique o mecanismo de contaminação, já que o referido fungo em tese, poderia ser classificado como infecção hospitalar, com alta taxa de mortalidade, a Promotoria de Justiça não descarta a possibilidade de interdição cautelar da UTI, objetivando evitar novos contágios”, informou o promotor de Justiça Alfredo Amorim.