Infelizmente, ainda é comum a matança de porcos clandestinamente nas periferias de Parauapebas, no chamado “abate na folha”, sem passar por nenhuma inspeção da vigilância sanitária.
Há pouco mais de 30 dias, foi inaugurado um frigorífico para abate de suínos em Palmares Sul, dotado de toda estrutura de higienização, inspeção sanitária e acompanhamento de tecnólogos em saúde e médicos veterinários.
De acordo com Alan Catuxo Barbosa, criador de suínos, abatedor e proprietário do frigorífico, sua empresa segue todos os parâmetros exigidos pelos órgãos de vigilância sanitária na implantação de suinocultura. O objetivo de todo esse cuidado, segundo ele, é levar um produto de qualidade para a mesa do consumidor.
Preocupado com essa qualidade, Alan Catuxo diz que vem dando orientação àqueles açougueiros que ainda insistem em abater animais na “folha”, sem nenhuma inspeção sanitária, mostrando para eles que essa prática não é legal e apontando os caminhos corretos.
“Nosso frigorífico abate também animais de pequenos produtores, devidamente sadios e aptos para o consumo, cobrando taxa simbólica de custos operacionais”, explica o produtor de suínos.
Procurada pela reportagem para falar sobre o assunto, a médica veterinária Fernanda Barreto, que inspeciona animais no frigorífico, explica que a estrutura do matadouro, com todo sistema de higienização, é muito importante para proporcionar qualidade ao produto que vai para a mesa do consumidor.
Segundo Fernanda Barreto, é de fundamental importância a presença de equipe habilitada para fazer inspeção na saúde dos animais que vão ser abatidos, sua origem, inclusive com GTA (Guia de Transporte Animal).
Ela orienta que os animais precisam passar por um período de jejum e ser banhados, e não podem ser abatidos com eles estressados. Depois de mortos, passam pelo processo de retirada dos pelos, unhas e vísceras, com os mínimos detalhes para que a carcaça não seja contaminada. Todo esse processo é inspecionado por técnicos habilitados, com acompanhamento de médico veterinário.
“Depois de tudo isso, a carne vai para a geladeira, de onde só deve ser retirada para comercialização 24 horas depois”, detalha a veterinária, acrescentando ser importante que o consumidor na hora de comprar carne in natura em mercados, açougues ou supermercados procure saber a origem daquele produto, exigindo o carimbo de inspeção da vigilância sanitária.