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“Não é profissão, é sacerdócio”, diz policial que estava de folga e foi ajudar colegas em tiroteio

Como foi noticiado AQUI no Portal Pebinha de Açúcar, nesta quinta-feira (24) vários policiais militares e civis participaram de uma ação no Bairro Altamira, que tinha como objetivo capturar o principal suspeito de ter matado duas pessoas na última quarta-feira (23) no Residencial Alto Bonito, em Parauapebas.

Ao chegar no local onde o suspeito estava, os policiais foram recebidos com vários disparos de arma de fogo, e naquela oportunidade, iniciou uma grande troca de tiros entre os elementos e os agentes de segurança.

A ação demorou bastante tempo, e foi aí que entrou em ação o policial civil Odorico Neto, conhecido como “Rambo”. Ele, que também é instrutor de armamento e tiro credenciado pela Polícia Federal e Exército, estava de folga, indo para a academia, quando viu uma das viaturas da Polícia Civil passando em alta velocidade, e momentos depois, foi informado que seus amigos de profissão estavam em um tiroteio.

“Rambo”, não pensou duas vezes e foi ao local do tiroteio, mesmo estando de folga e ajudou seus companheiros de farda.

Fotos de Odorico usando bermuda começaram a circular pelas redes sociais, e momentos depois de participar da operação, ele comentou sobre o caso em seu perfil no Instagram, confira abaixo na íntegra:

“Sobre essas fotos que estão circulando em alguns meios de comunicação de uma operação policial na manhã de hoje, estava chegando na academia quando vi passar em alta velocidade nossa viatura, em seguida, recebi uma mensagem de áudio de um irmão de profissão que estava em meio a uma troca de tiros. Não pensei duas vezes, fui do jeito que estava em socorro ao colega, pois bem, hoje muitos policiais não fariam o mesmo na sua folga se envolver numa troca de tiro de terceiros, mas quem me conhece sabe que eu não poderia ficar de fora de uma situação dessas, pois vivo a profissão 24h/7, está no sangue. Quando entrei na polícia, não entrei pelo salário, pois na época que entrei, há 23 anos, o salário era muito ruim, e na mesma época eu passei além do concurso da polícia, nos concursos da Infraero, oficial de justiça e o concurso da Sespa, e todos eles pagavam muito mais, quase que o dobro na época. Eu escolhi a polícia, aliás a polícia me escolheu, e as vezes paro para pensar pra verificar se sou normal, pois ninguém em sua sã consciência vai em direção de tiros, quando o normal seria correr na direção contrária dos tiros, e onde eu estiver, eu irei em direção, por isso, as fotos de bermuda e camiseta. Portanto, para mim, ser policial, não é uma profissão, é um sacerdócio”.

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