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Números de casos de síndrome respiratória aguda grave são preocupantes

Durante o final do ano de 2018, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou que até a 47ª Semana Epidemiológica, foram notificados 1.107 casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) no Pará, com 92 óbitos.

Segundo a Divisão de Vigilância Epidemiológica da Sespa, a população mais acometida foi de crianças de sete meses a dois anos de idade, com 334 casos notificados, seguida das crianças menores de seis meses de idade, com 280 casos registrados; e idosos com 60 anos ou mais, com 181 casos notificados. Os municípios com mais casos notificados são Altamira (380), Belém (373) e Parauapebas (80).

Do total de casos notificados, 494 (44.6%) tiveram confirmação por critério clínico; 461 (41,6%) por exame laboratorial; 56 (5%) por clínico epidemiológico e 96 (8,6%) não têm informação.

No que tange aos vírus causadores da SRAG, dos 1.107 casos notificados, apenas 522 (47,1%) tiveram amostras de secreção coletadas para exame laboratorial, das quais 323 (61,8%) tiveram resultado positivo para vírus respiratório, sendo 19 para H1N1, 34 para H3N2 sazonal, 05 para Influenza A não subtipado, 15 para Influenza B, 04 para Parainfluenza 1, 02 para Parainfluenza 2, 12 para Parainfluenza 3, 211 para vírus sincicial respiratório, 04 para Ademovírus e 17 para Metapneumovírus.

Quanto ao uso do antiviral, 616 pacientes receberam o Oseltamivir (Tamiflu), sendo que o Ministério da Saúde preconiza o seu uso preferencialmente nas primeiras 48 horas do início dos sintomas, pois a demora pode levar o paciente a óbito.

É importante lembrar que todos os hospitais têm obrigação de notificar todos os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) às secretarias municipais de saúde, colher amostra de secreção de nasofaringe do paciente para pesquisa de vírus respiratório e encaminhar ao Laboratório Central do Estado (Lacen-PA). Também devem iniciar o tratamento com o antiviral nas primeiras 48 horas preferencialmente. É o que preconiza a Nota Técnica 01/2018 emitida pela Sespa, no mês de janeiro deste ano e distribuída a todas as Secretarias Municipais de Saúde.

Sinais e sintomas – Os principais sinais e sintomas de síndrome gripal (SG) são febre de início súbito mesmo que referida (que não foi verificada com uso termômetro) acompanhada de tosse ou dor de garganta, e pelo menos um dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dor nos músculos ou dor nas articulações, na ausência de outro diagnóstico específico. Em crianças menores de dois anos de idade também se deve considerar como caso de SG febre de início súbito (mesmo que referida) e sintomas respiratórios como tosse, coriza e obstrução nasal. Os sinais e sintomas de agravamento da doença evoluindo para SRAG são dispneia, desconforto respiratório, saturação de oxigênio menor que 95% em ar ambiente e piora da doença pré-existente e pressão baixa em relação à habitual do paciente.

Fatores de risco – Os profissionais de saúde devem ficar atentos com casos de SG em pessoas com condições e fatores de risco para complicações como crianças menores de dois anos de idade, idosos com mais de 60 anos de idade, grávidas em qualquer idade gestacional, puérperas até duas semanas após o parto incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal, pessoas com doenças crônicas, imunossupressão, indígenas e obesidade mórbida. Pois, nesses casos, e inclusive em pacientes sem condições e fatores de risco para complicação, conforme a gravidade do caso e avaliação do médico, pode ser utilizado o medicamento Oseltamivir. Além disso, todos os pacientes com síndrome gripal devem ser orientados a retornar ao serviço de saúde em caso de piora do quadro clínico.

Prevenção – Com a chegada do período chuvoso, a população deve tomar as seguintes medidas para reduzir riscos de contrair ou transmitir doenças respiratórias: lavar e higienizar as mãos antes de consumir alimentos e após tossir e espirrar, utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir, evitar tocar nas mucosas dos olhos, nariz e boca; não compartilhar objetos de uso pessoal como talheres, pratos, copos e garrafas, manter os ambientes bem ventilados; evitar ficar perto de pessoas com sinais e sintomas de gripe.

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