Sim, meus caros leitores. Esqueça a inflação, a crise no setor da saúde, o preço do arroz, o buraco na rua do seu bairro e até mesmo a novela das nove. Hoje, o breaking news do país é: Virgínia Fonseca depõe na CPI das Bets.
Isso mesmo. A influenciadora mais “engajada” do Brasil foi chamada ao Senado para falar sobre apostas esportivas e publicidade digital. E o país… parou. Literalmente.
Enquanto isso, tem senador que não sabe explicar uma PEC, mas faz questão de perguntar sobre publi no Instagram e quantos milhões de seguidores rendem um post patrocinado. Importantíssimo, né? Prioridades.
CPI ou podcast?
A cena parecia mais um episódio de podcast do que uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Faltou só o ring light e uma xícara de chá para completar a estética. Mas calma, Brasil, que a grande pergunta do dia era: “Você sabia que estava incentivando jogos de azar?”.
Spoiler: é bem provável que boa parte dos parlamentares só entendeu o que é uma bet agora.
Entre um “amores” e um “projetinho”, a CPI segue firme
Virgínia, claro, com todo seu jeito “blogueirinha CEO”, respondeu com educação, girando no carrossel das palavras, misturando “meus amores”, “novos projetos” e “publicidade lícita”. Se depender dela, as publi continuam. E se depender dos senadores… bom, depende de quantos likes isso render.
O Brasil tem problemas? Sim. Mas hoje não.
Porque hoje o que importa é saber se a Virgínia leu a política de responsabilidade das casas de aposta. E assim seguimos, num país onde uma influenciadora digital vira protagonista de uma CPI enquanto as verdadeiras apostas são feitas sobre quem, de fato, trabalha no Senado.