Delegado Gabriel confirma prisão de duas pessoas; uma delas é a ex-candidata a vereadora “Manga Rosa”
A Polícia Civil de Parauapebas, sob a coordenação do delegado Gabriel Henrique, deflagrou nesta sexta-feira (11) a Operação Pirâmide na Areia, que desmantelou um sofisticado esquema de pirâmide financeira identificado na cidade e que ficou popularmente conhecido como “Governo do Rafa”.
De acordo com o delegado Gabriel, a organização criminosa atraía vítimas com promessas de retorno financeiro dobrado sobre o valor investido, algo típico de esquemas fraudulentos. “Isso nada mais é do que uma pirâmide financeira, que depende da entrada constante de novas pessoas para pagar os antigos investidores. Quando esse ciclo se rompe, vem o colapso, como aconteceu nesse caso”, explicou o delegado em entrevista exclusiva ao Portal Pebinha de Açúcar.

O esquema atraiu cerca de 5 mil pessoas, gerando prejuízos financeiros ainda em fase de apuração. Parte dos investigados já havia deixado a cidade antes mesmo da operação ser executada, o que reforça, segundo o delegado, a possibilidade de má-fé e tentativa de fuga após o colapso financeiro.
Durante a operação, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva. Em Parauapebas, foi presa Gleice Martins Feitosa, conhecida popularmente como “Manga Rosa”, figura conhecida no meio político local por ter sido candidata a vereadora. Já em Eldorado do Carajás, foi preso João Paulo da Silva.

Na “Capital do Minério”, “Manga Rosa” foi ouvida pelas autoridades policiais na 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil de Parauapebas e seguiu para exame de corpo de delito para ficar presa à disposição da Justiça.
“As investigações continuam. Já conseguimos bloquear valores vinculados a uma das empresas do grupo criminoso e vamos seguir o rastro do dinheiro para tentar devolvê-lo às vítimas”, informou Gabriel.

A Polícia Civil solicita que todos que tenham sido lesados pelo esquema do “Governo do Rafa” procurem a Delegacia de Parauapebas ou realizem sua denúncia via Delegacia Virtual. “É fundamental que essas pessoas sejam ouvidas. Quanto mais informações tivermos, maiores as chances de responsabilizar todos os envolvidos e recuperar os prejuízos”, reforçou o delegado.
A Operação Pirâmide na Areia é mais um alerta à população sobre os riscos de investimentos fáceis e sem garantias. A polícia segue investigando o paradeiro dos demais integrantes do grupo, que agora são considerados foragidos da Justiça.
A reportagem do Portal Pebinha de Açúcar deixa espaço garantido, caso os acusados ou seus respectivos advogados queiram se pronunciar sobre o caso.