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Pisei em solo parauapebense, mais precisamente em Carajás, em agosto de 1987! Vim para passar uma temporada. E esta temporada já dura 32 anos!

Montei a empresa que administrava a POUSADA CARAJÁS e o HOTEL ALMARIBE. Até 1994, comandei os dois hotéis. A Vale foi privatizada e cancelou os contratos. Tempos de ouro e mel. Muito dinheiro, muito trabalho, muita história para contar. Fui candidato a vereador pelo PFL, 1992; obtive 78 votos. O mais votado teve 232 votos. Ainda fiquei na suplência. Acreditei no meu candidato a prefeito, Chico das Cortinas. Um engano. Mas isto é outra história…

Fatos marcantes, histórias picantes e engraçadas, trágicas, tristes, fizeram parte do meu cotidiano. E de muitos que por aqui passaram e que aqui estão. Já relatei, em outros escritos, fatos políticos, históricos. Nesta coluna, falarei das trivialidades…

Lembro-me do carnaval de 1991. Era na rua do Comércio, no Rio Verde. Uma pessoa conhecida dançava com alegria. Vi quando foi tirar a mulher dele para dançar. Ela o empurrou e disse que ele estava todo suado. A esposa saiu, com raiva. Uma outra mulher se aproximou e dançou com ele. Tinha muita alegria no sorriso e paixão no olhar. O suor que afastava uma, atraía outra. A separação foi inevitável…

Na outra noite, no mesmo local, uma confusão, briga. Um homem que se identificou como oficial da polícia militar discutiu com outros. Os outros eram policiais federais. E o militar apanhou muito. Achei estranho. Pensei que o militar voltaria com outros policiais, mas isto não aconteceu. Mas, não passava disto. A festa de carnaval era sempre tranquila, segura.

O prefeito, Chico das Cortinas, construiu um canil para retirar os cães da rua. Espalharam uma notícia que os cães seriam sacrificados, que estavam passando fome. Um grupo de pessoas invadiu o canil, pôs fogo em tudo e libertou os cães. Era cachorro para todo lado…

Tempos áureos da escola Eduardo Angelim. Formou tantos e bons profissionais! Professores como eu, Joana D’arc, Julia Rosa, Cleto, Itamar, Antônio Neto, Raimundo Neto, Gomes, Eudes, Matias. Zenaide, Marden, Luiz Carlos, Eunice Moreira, Euzébio… Fazemos parte da vida de milhares de alunos que por ali passaram. Numa eleição para diretor da escola, quase deu morte. O professor Cleto era candidato a diretor. E não tinha papas na língua. No dia da apuração, creio que em 1998, o marido da diretora sacou de uma arma e partiu para cima do Cleto. Iria matá-lo se não fosse a intervenção de outros professores. Chegou a dar uns tiros dentro da escola. O professor Cleto, durante um bom tempo, ia para a escola acompanhado do irmão dele, uma cara muito forte, que era o segurança.
Perto da escola Eduardo Angelim, na rua Rio de Janeiro, tinha uma ponte estreita. Só passava carro em uma direção.

Não cabiam dois. As brigas eram constantes, pois sempre havia um motorista que entrava na ponte depois de outro ter entrado e não aceitava dar marcha-a-ré para o outro passar. A escola, no período de chuvas, estava sempre inundada. Não havia centrais de ar, o calor era infernal, mas os alunos estavam sempre lá. Quando não era chuva, lama, era poeira. E no meio da poeira que nos cegava, comíamos os tira-gostos do Manoel do Kilegal ou do Camon do Zero Grau. O pó era o tempero! Éramos felizes!

A educação se transformou. Para pior? Assim me parece. Naquele tempo não havia celulares, notebooks, internet. Mas os alunos eram feras! Estudavam, aprendiam! Muitos, hoje, são mestres, doutores, merecedores de aplausos, ricos! Os professores? A maioria continua como está: ganhando pouco, com o semblante machucado e marcado pela labuta da docência, mas com o sorriso da certeza do dever cumprido. Afinal, o corpo pode ter sequelas do trabalho feito, mas a mente só se aprimora!

Parabéns, Parauapebas! 31 anos! Como o tempo passou depressa!

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Ei, Psiu! Já viu essas?

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