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PARAUAPEBAS: Boatos sobre casos da “doença da urina preta” fazem venda do pescado cair 90%

Queda em mais de 90% nas vendas e prejuízo de quase R$ 3 milhões para toda a cadeia produtiva do peixe em Parauapebas desde o surgimento da doença de Haff no Estado do Amazonas, a chamada “doença da urina preta”.

O saldo negativo, contabilizado pela Colônia de Pescadores e pela Cooperativa dos Feirantes e Peixeiros de Parauapebas, encontrou reação da prefeitura no início desta semana.

Em reunião realizada na Feira do Produtor com vendedores, produtores e chefes de cozinha, o prefeito Darci Lermen anunciou, ao lado de secretários e vereadores, o apoio à categoria e um plano de medidas para ajudar os peixeiros a vencer tamanho problema, que tem deixado famílias inteiras em polvorosa e preocupadas com o que chamam de “mentira” e de “boatos” sobre a presença da doença no pescado produzido no município.

Somente a Colônia tem 136 peixeiros cadastrados. “Por causa dessa mentira que inventaram estamos passando por certa dificuldade, não só eu, mas todos os meus companheiros. Todos nós que fazemos parte desse movimento estamos passando por dificuldade. Aqui tem peixeiro que tem dia que não vende um só peixe”, conta o presidente da Cooperativa de Feirantes e Peixeiros de Parauapebas, Antônio Santos Soares.

Presente na reunião, o secretário municipal de Produção Rural, Milton Zimmer, foi categórico em afirmar: os peixes produzidos em Parauapebas são de boa qualidade, com a Sempror oferecendo suporte e assistência técnica à produção local, para garantir a venda de um alimento saudável.

“Dentro da Sempror, nós temos um trabalho com os produtores de peixe para a venda nas feiras. Inclusive, temos aparelho que faz análise da água e garantimos que 100% do peixe produzido em Parauapebas é de boa qualidade e que não faz mal a ninguém”, frisou Zimmer.

Para que não haja dúvidas, Darci Lermen solicitou à Vigilância de Saúde um laudo para comprovar a segurança alimentar do pescado do município. E mais: para atestar que a doença de Haff passa bem longe de Parauapebas. “Precisamos esclarecer tudo direitinho. Chega dessa mentira, dessas invenções que podem destruir a vida de tanta gente”, disse o prefeito.

Darci Lermen observou que nem mesmo na capital, Belém, com mais de dois milhões de habitantes, foi comprovado qualquer caso da doença. Possivelmente porque o problema está concentrado nas águas dos rios do Estado do Amazonas, conforme apontado pelo presidente da Associação dos Profissionais de Gastronomia de Parauapebas, o chef de cozinha Márcio Gomes.

“Nós não usamos o peixe de lá (do Amazonas), mas dos produtores daqui. E nós não temos que ter medo com isso”, conclamou ele. “Nós comemos peixe todos os dias. A nossa família toda come peixe e nunca deu problema pra ninguém”, assegurou Antônio Soares.

 

Da reunião com os produtores, peixeiros e chefes de cozinha participaram também os secretários Keniston Braga, especial de Governo; Mariano Júnior de Desenvolvimento, e o adjunto Claiton Tita; e Morvan Cabral, de Urbanismo; bem como os vereadores Zacarias Assunção, Elias da Construforte e Francisco Eloécio e o chefe de Gabinete, João Corrêa.

Festa do Peixe no domingo

Para mostrar para a população que o pescado produzido em Parauapebas pode ser consumido, sem medo, os produtores, vendedores e chefes de cozinha irão realizar a Festa do Peixe de Parauapebas no próximo domingo, 26, na Feira do Produtor, na rodovia Faruk Salmen.

Será a partir das 14 horas, quando eles irão assar mais de uma tonelada de peixe para a população degustar o alimento e ter a certeza de que é seguro. “Não é só uma festa, é um ato simbólico de protesto contra essa situação”, disse Darci Lermen.

“Venha comer o nosso peixe. Nós vamos estar aqui assando peixe pra você, pra mostrar, pra provar pra você que essa doença da urina preta não existe em Parauapebas”, convidou o chef Márcio Gomes.

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