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Parauapebas é destaque em ação de coleta de DNA de custodiados para banco nacional

Mais de 900 amostras foram coletadas em unidades prisionais para auxiliar na elucidação de crimes em todo o país

A cidade de Parauapebas foi um dos municípios paraenses contemplados com a importante ação de coleta de DNA de custodiados, promovida pela Polícia Científica do Pará (PCEPA) em parceria com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). A atividade, que integra o trabalho do Laboratório de Genética Forense, teve início em abril deste ano e já contabiliza 933 coletas em unidades prisionais de nove cidades do estado, entre elas Parauapebas, Santa Izabel, Redenção, Tucuruí, Abaetetuba, Cametá, Breves, Mocajuba e Paragominas.

A iniciativa tem como objetivo alimentar o Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG) com dados de DNA de pessoas privadas de liberdade. As amostras, coletadas por meio de um swab (haste com material absorvente) passado na boca dos custodiados, permitem a comparação genética com vestígios encontrados em cenas de crimes em todo o Brasil — e até fora do país, por meio de cooperação com a Interpol.

Segundo a gerente do Laboratório de Genética Forense e administradora do Banco de Perfis Genéticos no Pará, Elzemar Rodrigues, a meta anual repassada pelo BNPG é de mil coletas. “Já conseguimos 933 só neste primeiro semestre. Isso é extremamente positivo e mostra o comprometimento da nossa equipe”, destacou.

Em Parauapebas, a coleta é vista como um avanço significativo no combate à criminalidade, pois não só auxilia na resolução de crimes passados, como também atua de forma preventiva. “É importante essa coleta não só para identificar os crimes, mas para que possamos inibir situações futuras. A partir do momento que os custodiados sabem que seus perfis genéticos estão no sistema, há uma tendência a se evitar novas infrações”, explicou Elzemar.

De acordo com o XXII Relatório da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, divulgado em maio deste ano, o BNPG já apresentou mais de 10 mil coincidências, o que representa um avanço concreto na resolução de crimes em todo o território nacional.

O diretor-geral da PCEPA, perito criminal Celso Mascarenhas, enfatizou a importância do trabalho: “Além de alimentarmos o banco de perfil genético nacional, teremos um arsenal de DNA pronto para comparar qualquer vestígio, e com isso ajudar a solucionar e reduzir os índices de criminalidade no nosso Estado e no Brasil”.

Atualmente, o Pará já conta com 10.615 perfis genéticos cadastrados, resultado de um trabalho contínuo realizado ao longo da última década. A presença de Parauapebas nesse esforço mostra que o município está alinhado às políticas públicas de segurança e ciência forense, colaborando para um sistema de justiça mais eficiente e moderno.

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