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Parauapebas inaugura Observatório de Gênero para fortalecer políticas públicas para mulheres

Novo banco de dados vai mapear a realidade das mulheres em Parauapebas e orientar políticas públicas para combate à violência e promoção da igualdade de gênero

Na busca por soluções mais eficazes para a proteção e o empoderamento feminino, Parauapebas, no sudeste do Pará, inaugura o Observatório de Gênero, um banco de dados que reunirá informações estratégicas das áreas de Assistência Social, Saúde, Segurança Pública, Educação e da Secretaria da Mulher (Semmu). O objetivo é identificar desafios enfrentados pelas mulheres no município e orientar políticas públicas mais assertivas para garantir direitos e segurança.

A secretária adjunta da Secretaria da Mulher, Vanessa Michele, destacou que o observatório não funcionará como um serviço de atendimento direto, mas como um instrumento estratégico para a construção de políticas públicas eficazes. “Agora, os próximos passos envolvem a criação do Comitê Gestor, composto por representantes das secretarias envolvidas, além da OAB e da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM). Esse comitê irá definir os indicadores mais relevantes para a constituição do banco de dados”, explicou.

A iniciativa surge em um momento crítico, já que Parauapebas ocupa a terceira posição entre os municípios do Pará com maior índice de violência doméstica. Segundo Vanessa, os dados coletados vão permitir compreender as causas desse cenário e ajudar na formulação de estratégias para enfrentá-lo. “A partir dessas informações, poderemos traçar políticas públicas mais eficazes, que atendam a mulher em sua integralidade, desde saúde e educação até segurança e capacitação profissional”, completou.

A coordenadora do Parapaz, Janile Sousa, ressaltou a importância da parceria entre os órgãos envolvidos. “O observatório é mais um serviço, uma nova política pública para acolher essas mulheres. Ele permitirá mapear as diferentes formas de violência e identificar os locais de maior risco, garantindo que os serviços públicos cheguem onde são mais necessários. Essa triagem será fundamental para ampliar o alcance das ações de proteção e assistência”, afirmou.

A secretária da Mulher reforçou que o combate à violência não pode se limitar apenas à repressão dos casos de agressão, mas deve promover a autonomia feminina. “A mulher só consegue sair do ciclo de violência quando está empoderada, quando tem acesso à saúde de qualidade, educação e independência financeira. Muitas mulheres continuam em relacionamentos abusivos porque não têm renda própria, e é nosso papel buscar melhorias para mudar essa realidade”, declarou Beatriz Ramos.

Além das secretarias municipais, a iniciativa conta com o apoio do Programa de Saneamento Ambiental de Parauapebas (Prosap), que esteve na linha de frente para que o projeto saísse do papel. A assistente social do órgão, Zita Mogeia, foi uma das principais incentivadoras e contribuiu ativamente para sua realização. Segundo ela, o Observatório de Gênero será um divisor de águas na luta contra a violência e na garantia dos direitos das mulheres no município.
“A criação desse banco de dados permitirá um olhar mais aprofundado sobre a realidade das mulheres de Parauapebas. Com informações concretas, poderemos identificar as principais dificuldades e vulnerabilidades e, assim, desenvolver políticas públicas mais eficazes. Isso não apenas ajudará as mulheres que sofrem violência, mas também fortalecerá ações preventivas e de empoderamento feminino”, destacou Zita.

A inauguração do Observatório de Gênero representa mais do que um avanço institucional: é um compromisso com a segurança e o bem-estar das mulheres de Parauapebas. Com essa nova ferramenta, o município fortalece sua atuação na luta contra a violência de gênero, garantindo que políticas públicas sejam desenvolvidas com base em dados concretos e realidades mapeadas.

Reportagem: Hilda Barros | Da redação do Portal Pebinha de Açúcar

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