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PARAUAPEBAS: Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária mobiliza várias famílias

Acampamento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) está se formando desde a manhã de segunda-feira, 3, na margem da EFC (Estrada de Ferro Carajás), próximo à Parauapebas onde, segundo um líder do movimento, Pablo Santiago, deverão chegar milhares de famílias.

Em entrevista concedida à nossa equipe de reportagens, ele disse que trata-se de uma ação desencadeada por trabalhadores rurais assentados e acampados do MST /Pará, que somam-se ao conjunto das ações da Jornada Nacional de Lutas por Reformar Agrária que denuncia a paralisação da Reforma Agrária no País, que se expressa no agravamento do ajuste fiscal que cortou quase 50% dos recursos de Reforma Agrária – de 3,5 bilhões para apenas R$ 1.8 bilhões. “Mas ainda, o MST também se soma ao conjunto das mobilizações da classe trabalhadora em defesa dos direitos conquistados, contra o conservadorismo encampado pela direita brasileira e por democracia”, diz Pablo, ressaltando que ainda exigem o imediato cumprimento das pautas acertadas junto ao MDA/INCRA com a pauta estadual do MST em sua especificidade (ver pauta estadual) que dizem respeito ainda a demandas com o Governo do Estado.

Em Nota enviada à imprensa o MST enumera as seguintes reivindicações:

1- A Terra: Exigimos o assentamento imediato de todas as famílias acampadas, tendo como Plano de Meta assentar pelo menos 50 mil famílias ente 2016/2018;

2- Créditos: Imediata desburocratização do acesso a créditos para camponeses e camponesas.

3- Desenvolvimento: Garantir a universalização de programas de desenvolvimento a todos os assentamentos através de suas organizações;

4- Educação: fortalecer o programa nacional de Educação da Reforma Agrária, assim como a construção imediata de 300 novas escolas de área der Reforma Agraria, 100 centros de educação infantil, e a garantia de 30 Institutos Federais dentro das áreas de assentamento;

II- REFORMA AGRÁRIA POPULAR

Entre os objetivos básicos entendemos que a Reforma Agrária popular deve:

a) Eliminar a pobreza no meio rural;

b) Combater as desigualdades sociais e a degradação da natureza;

c) Garantir melhores condições de vida para todas as pessoas e oportunidade de trabalho, renda, educação, cultura e lazer, estimulando a permanência no meio rural, em especial da juventude;

d) Garantir as condições de participação igualitárias das mulheres que vivem no campo;

e) Preservar a biodiversidade vegetal, animal e cultural existente em todos os biomas;

f) Produção de alimentos saudáveis.

III- DENUNCIAR O LATIFÚNDIO E O AGRONEGÓCIO

É preciso além de combater a concentração e a reconcentração da terra, denunciar o agrotóxico os transgênicos, o desmatamento, a crise hídrica causada por esse modelo agrícola e a violência no campo.

IV – EM DEFESA DOS DIREITOS, CONTRA A DIREITA E POR DEMOCRACIA.

As mobilizações da direta brasileira nas ruas tem demonstrado o ódio contra a classe trabalhadora e todos os avanços conquistados ao longo desses anos. Denunciamos a Rede Globo por criar um clima para proporcionar um golpe de Estado.

Neste sentido nossas principais bandeiras de luta unificada são:

a) Democratização dos meios de comunicação;

b) Reforma Política;

c) Em defesa da Petrobras e punição a todos os casos de corrupção;

d) Contra a PL da terceirização;

c) Contra os ajustes ficais que só atingem os pobres da população;

Reportagem: Francesco Costa – Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar
Fotos: Reprodução/WhatsApp

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