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Parauapebas marca presença na construção do Fundo Açaí no Pará

Município do sudeste paraense se destaca pela força da cadeia produtiva do fruto, que movimenta cerca de R$ 25 milhões por mês

O açaí, símbolo da cultura e da economia do Pará, ganhou mais um passo importante rumo ao fortalecimento de sua cadeia produtiva. Na última sexta-feira (29), a Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) sediou a primeira reunião do grupo técnico que discute a criação do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Açaí (Fundo Açaí) e do Programa de Fortalecimento da Açaícultura.

Evento estratégico mobilizou várias entidades

O encontro contou com representantes de instituições públicas e privadas, do poder legislativo e de entidades da sociedade civil. Entre os destaques esteve a participação de Parauapebas, município que vem se consolidando como um dos grandes polos da cadeia do açaí no sudeste do Estado.

Participação de Parauapebas

Representando o município, o presidente da Associação de Batedores e Vendedores de Açaí de Parauapebas (Abap), Werbet Santana, ressaltou a importância da presença da cidade nesse processo. Segundo ele, Parauapebas já possui mais de 200 batedores artesanais e 110 estabelecimentos afiliados à Abap, movimentando em torno de R$ 25 milhões por mês apenas com a comercialização do fruto.

O representante de Parauapebas , Werbet Santana, acha importante importante o GT ter a participação de representantes de diferentes municípios do Estado

“Fazer parte desse grupo seleto e representar o sul do Pará é de grande relevância para nós. Parauapebas já consolidou a cadeia do açaí como uma matriz econômica forte, e participar da construção do Fundo Açaí é levar políticas públicas da capital para fortalecer nossa região”, destacou Werbet.

Fundo Açaí: desenvolvimento e inovação

A minuta de criação do Fundo foi apresentada durante a reunião, recebendo contribuições dos participantes para ajustes e complementações. De acordo com o gerente de Fruticultura da Sedap, Geraldo Tavares, o objetivo é ampliar a eficiência da produção e da comercialização do açaí, viabilizando ações como propagação de sementes selecionadas, convênios com instituições de ensino e investimentos em tecnologia.

Geraldo Tavares, que coordenou a reunião, elencou os benefícios que o fundo proporcionará à cadeia do açaí

Tavares lembrou ainda que o modelo segue a experiência bem-sucedida do Funcacau, fundo criado em 2008 para apoiar a cadeia do cacau, que hoje financia programas de assistência técnica, fomento e inovação.

Cadeia estratégica para o Pará

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Carlos Xavier, reforçou a importância da iniciativa. Ele lembrou que o Pará é o maior produtor mundial de açaí e que o fundo será essencial para sustentar esse protagonismo, tanto no mercado interno quanto em negociações futuras com países como Índia e China. “Criar o Fundo Açaí significa apoiar o pequeno produtor, investir em tecnologia e garantir que o Estado continue liderando a produção do fruto. É uma oportunidade de transformar nossa base econômica e gerar mais desenvolvimento”, afirmou.

Representatividade plural

Além de Parauapebas, estiveram presentes associações de batedores de Belém, sindicatos, universidades e secretarias estaduais, como Sedeme, Seplad, Seaf, além da Emater, Adepará e Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). A diversidade de representantes reforça o caráter democrático e participativo da construção do Fundo.

A expectativa é que a versão final da minuta seja concluída na próxima reunião do grupo, prevista para ocorrer em até 15 dias. Até lá, o trabalho conjunto seguirá reunindo diferentes vozes para fortalecer uma das cadeias mais importantes da economia paraense.

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