Projeto vai transformar estéril minerário em insumo cimentício de baixo carbono, reforçando o protagonismo do município na indústria sustentável.
Parauapebas caminha para ganhar ainda mais destaque no cenário da mineração e da indústria sustentável. A Circlua S.A., empresa especializada em soluções inovadoras para reaproveitamento de resíduos minerais, confirmou que a primeira planta industrial da companhia no Pará será instalada no município. O projeto foi tema de reunião realizada nesta terça-feira (22), entre executivos da empresa e a Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec), em Belém.
A proposta prevê a utilização de tecnologia para transformar o estéril minerário em insumo cimentício de baixo carbono, reduzindo impactos ambientais e gerando valor agregado à cadeia produtiva local. Atualmente, a Circlua já opera uma unidade piloto em Minas Gerais e se prepara para avançar com a implantação em escala industrial em território paraense.
Logística com foco em exportação
Embora a unidade fabril seja instalada em Parauapebas, o projeto nasce com vocação exportadora. Nesse sentido, a empresa estuda utilizar futuramente a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Barcarena, que ainda aguarda decreto de autorização federal.
“O Pará reúne condições industriais e institucionais favoráveis à expansão do projeto”, afirmou Alexandre Rocha, diretor financeiro da Circlua. Ele ressaltou que o diálogo com a Codec é fundamental para compreender o rito de enquadramento e avaliar, com segurança, a possibilidade de operar via ZPE no futuro.
Reunião com órgãos estaduais
No encontro, participaram pela Codec o diretor de Estratégias e Relações Institucionais, Pádua Rodrigues; a gerente de Atendimento a Novos Negócios, Sabrina Sena; e o assessor Evandro Diniz. Também esteve presente o coordenador da Diretoria de Energia da Sedeme, Gabriel Cardoso. Pela Circlua, além de Alexandre Rocha, participou o gerente de Relações Governamentais e Institucionais, Daniel Argento.
A reunião serviu para alinhar requisitos institucionais e apresentar o andamento do projeto, que já conta com:
- Licenciamento ambiental em análise pela Semas;
- Estudo de incentivos fiscais na Sedeme;
- Apresentação institucional junto à Fiepa.
De acordo com Pádua Rodrigues, a Codec atuará de forma direta no acompanhamento do projeto: “O papel do Estado é garantir previsibilidade e ambiente institucional seguro para empreendimentos que tratam sua implantação com seriedade. A análise quanto ao uso da ZPE será feita no tempo correto, dentro do rito legal, acompanhando a evolução do projeto e do próprio regime”, afirmou.
Parauapebas no centro da inovação
Com a escolha de Parauapebas para sediar a planta, o município amplia seu protagonismo como polo estratégico da mineração e da indústria sustentável no Pará. Além de movimentar a economia local, o projeto deve contribuir para a geração de empregos, inovação tecnológica e desenvolvimento de práticas ambientais mais responsáveis.

A expectativa é de que, com a implantação, Parauapebas consolide ainda mais sua posição como um dos principais centros de transformação e aproveitamento de recursos minerais do Brasil, fortalecendo sua relevância no cenário nacional e internacional.