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Parauapebas terá destaque na programação cultural da COP30, em Belém

Foto: Arquivo/Anderson Souza

Povo Xikrin do Cateté será protagonista em apresentação no Pavilhão Pará, reforçando identidade, ancestralidade e a voz dos territórios amazônicos na agenda climática global

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontece de 10 a 21 de novembro, em Belém, não será apenas um encontro diplomático e ambiental. A cultura do povo paraense também terá espaço de destaque — e Parauapebas está no centro dessa programação.

Localizado na Green Zone (Zona Verde), no Parque da Cidade, o Pavilhão Pará reunirá apresentações que valorizam a diversidade cultural da Amazônia, indo do tradicional Arraial do Pavulagem ao estilo musical que marca o Pará no Brasil e no mundo: o brega. A programação é coordenada pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).

Entre grupos e artistas selecionados, Parauapebas integra a agenda oficial no dia 20 de novembro, com a apresentação “Parauapebas e o povo Xikrin do Cateté: Cultura, Identidade e Justiça Climática”. O momento será dedicado à valorização da sabedoria ancestral indígena, seus rituais, cantos, artes, cosmologia e defesa do território.

Segundo a secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal, levar a cultura amazônica para um palco global é tão estratégico quanto debater clima e biodiversidade: “Aqui, a cultura é, e sempre foi, a base de nossa relação com o território. É memória, resistência e tecnologia social. Ao reunir nossos fazedores e fazedoras de cultura, estamos mostrando ao mundo que a Amazônia é viva e fala por si”.

Para Parauapebas, a participação representa uma reafirmação da centralidade dos povos indígenas na agenda ambiental, especialmente dos Xikrin do Cateté, que são referência histórica na luta pela preservação da floresta e de seus modos de vida.

Arte como ferramenta de diálogo global

O cantor Nilson Chaves, uma das vozes mais representativas da música paraense, também destacou a força simbólica de ocupar o Pavilhão: “É uma honra mostrar nossa arte para um público que normalmente não teria acesso à nossa identidade cultural. A COP30 nos coloca diante do mundo”.

No caso de Parauapebas, essa força se traduz na presença direta de povos originários que vivem diariamente os impactos, desafios e estratégias de proteção da Amazônia.

Programação com Parauapebas no Pavilhão Pará

20 de novembro
• Prefeitura de Parauapebas – “Parauapebas e o povo Xikrin do Cateté: Cultura, Identidade e Justiça Climática”

A apresentação promete ser uma das mais simbólicas do evento, unindo canto tradicional, narrativa ancestral e a afirmação política do direito à terra, à floresta e à vida.

Cultura como resistência, afirmação e futuro

Ao reunir povos indígenas, artistas, mestres da cultura popular, educadores e representantes comunitários, o Pavilhão Pará reforça uma mensagem que ecoa além da COP30: não existe debate climático possível sem ouvir quem nasceu, vive e protege a Amazônia.

E Parauapebas chega à COP para dizer exatamente isso — com voz firme, ancestral e coletiva.

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