O trabalho integrado do Serviço de Polícia Interestadual (Polinter) do Pará, unidade policial subordinada à Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE), com órgãos policiais da União e de outros estados contribui para o fortalecimento do cruzamento de dados no curso das investigações para a resolução de crimes.
“As parcerias são importantes na resolução imediata, em muitas das vezes, no cumprimento de mandados ou de recapturas de acusados, que na tentativa de fugir da Justiça, migram para outros estados, assim como no cumprimento de cartas precatórias ou na resolução dos crimes”, ressalta o delegado Eloi Fernandes, diretor da Polinter.
Recentemente, algumas operações da Polícia Civil do Pará (PC/PA) contaram com a ajuda de órgãos policiais de outros estados, seja para localizar criminosos ou resolver casos de grande repercussão.
No mês de outubro, por exemplo, a Polícia Civil do estado cumpriu 10 mandados de prisão preventiva contra um homem investigado pela participação em crimes contra instituições financeiras, na modalidade “Novo Cangaço”, e contra veículos de transporte de valores. O homem foi preso no município de Açailândia, no Maranhão, e é considerado um dos maiores assaltantes de banco e carro-forte em atividade no Brasil. A prisão foi efetuada por agentes da Delegacia de Repressão a Roubos a Banco e Antissequestro (DRRBA), vinculada à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO).
No dia 24 de novembro, a PC paraense conseguiu prender um homem acusado de extorsão e estelionato que estava em São Paulo. A operação contou com o apoio de policiais civis da Delegacia de Investigações Gerais da Polícia Civil do estado. As investigações, feitas pela Divisão de Combate a Crimes Contra Grupos Vulneráveis Praticados por Meios Cibernéticos (DCCV), iniciaram após denúncia de uma vítima que procurou a unidade policial em Belém, relatando que teria mantido um relacionamento virtual com o investigado, e este lhe solicitava transferências bancárias alegando que enviaria passagens aéreas e presentes os quais nunca foram recebidos, bem como solicitava fotos íntimas da vítima, e posteriormente, passou a exigir valores para não divulgar o material.
Operações como a Occultatum II, em Itaituba, e a Narcos, no Maranhão, também contaram com o trabalho integrado das polícias brasileiras.