De acordo com Margarida de Queiroz Figueiredo, coordenadora técnica de ciências, o projeto, desde seu início, aproxima Parauapebas de sua realidade local, desconstruindo alguns valores e visões que o aluno ou a própria sociedade tem sobre a mineração, principal matriz econômica do município.
“A ideia é que os alunos da rede municipal de ensino possam dialogar a respeito dessa realidade”, resume Margarida Figueiredo, mensurando que pelo menos 14 mil estudantes, 35 coordenadores pedagógicos e 150 professores estiveram nas minas em 2014, durante as aulas de campo.
Ainda conforme a coordenadora, o projeto se ampliou popularizando a informação do conteúdo local, tendo como aproveitamento pedagógico a vivência afetiva e a memória, detalhes que Margarida diz ter como muito importantes quando aplicados na prática e no cotidiano dos estudantes.
“Os alunos foram a campo, vivenciaram todas as experiências, tendo contato com os minérios que são explorados e exportados pela Vale e agora trazem isto para apresentar ao público, em forma de constructos pedagógicos, ou seja, de aprendizado na prática”, sintetiza a coordenadora, detalhando que lições importantes sobre mineração e sustentabilidade foram aprendidas por professores e alunos da rede pública municipal de ensino durante o desenvolvimento do projeto “Circuito Mineração nas Escolas”, realizado entre os anos de 2014 e 2017 pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) em parceria com a Vale.
Como o projeto foi considerado um sucesso, uma nova edição foi realizada em 2018, contemplando dezenas de educadores e cerca de 15 mil estudantes. Agora, parte do resultado de todo o trabalho desenvolvido poderá ser apreciada durante a Mostra “Circuito Mineração nas Escolas”, que será apresentada no Partage Shopping de Parauapebas até o dia 15 deste mês.
A apresentação dos trabalhos traz diferentes subtemas, todos voltados para a mineração, como “Caminhos da mineração”, “Vulcão, camadas do solo”, “Tabela periódica e a mineração em Parauapebas”, “Reações químicas em minérios”, “Amostra de minérios no nosso cotidiano” e “Maquete da recuperação de área degradada pelo processo da mineração”.