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Perícia da PF revela relação de Júlio César com delator de processo que visa cassar prefeito Darci Lermen

Júlio César, Beliche e Cássio - Foto extraída do Blog do Zé Dudu

A juíza titular da 106ª Zona Eleitoral de Parauapebas revelou na manhã desta sexta-feira (20) o resultado de uma perícia realizada pelo Núcleo de Análise da Polícia Federal em Marabá no smartphone de Marcelo Nascimento Beliche, principal testemunha no processo em que a comissão provisória do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), à frente o ex-candidato a prefeito Júlio César Oliveira, move contra o prefeito Darci José Lermen e seu vice João do Verdurão.

A revelação da perícia foi feita no momento em que uma audiência seria realizada nesta sexta-feira (20) e, a pedido da defesa de Darci Lermen, foi adiada para o próximo dia 31 do corrente.

A perícia revela conversas mantidas pelo celular entre Marcelo Beliche e Cássio Marques, este, principal apoiador financeiro da campanha de Júlio Cesar nas eleições do ano passado em Parauapebas.

Consta que Cássio Marques repassou a Marcelo Beliche por diversas vezes recursos financeiros, o que deixa claro o interesse que o empresário tinha na delação. As conversas apontam que Marques vem bancando Beliche desde antes da divulgação dos supostos crimes que deram origem à representação contra o atual prefeito de Parauapebas.

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De acordo com a perícia, as conversas e arquivos extraídos do smartphone de Marcelo Beliche dão a entender que o aparelho de celular passou a ser utilizado a partir do dia 20 de novembro do ano passado, portanto, após as eleições municipais de Parauapebas, mas o fato investigado está relacionado com doações eleitorais para o pleito de 2020.

Segundo a perícia, “há indícios da existência de um trato financeiro entre eles [Marques e Beliche] que envolveria a delação realizada por Marcelo, havendo diversas mensagens que sugerem que Cássio passou a custeá-lo durante o período no qual ocorreu a delação”.

Outro trecho extraído da perícia diz que “as mensagens trocadas entre Marcelo Beliche e Cássio Marques deixam claro o interesse que este tinha na delação, sendo que boa parte da conversa gira em torno desse tema”.

Diz ainda o relatório que “há sete comprovantes de transferências, tendo como origem dos recursos a conta da Transmarques e como destino a conta de Marcelo Beliche, que totalizam R$ 7.500,00, sendo que Cássio pode ter repassado ainda mais recursos para Marcelo”, já que num dos pedidos Cássio só manda a mensagem “caiu dinheiro aí”, mas não envia o comprovante, e em outro Cássio diz “chegar aqui te passo”, sugerindo haver outra forma de repasse de recursos que não a transferência bancária.

Consta ainda nas mensagens, conforme a perícia, que em fevereiro deste ano, mesmo mês que veio a público o fato do investigado, com diversas reportagens publicadas em sites de notícia no dia 26/02/2021, Marcelo reuniu-se com Cássio Marques e Júlio César em Belém, tendo a viagem, aparentemente, sido financiada por Marques.

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A perícia aponta fortes indícios de que a delação de Marcelo Beliche pode ter sido armada por Cassio Marques, em conluio com Júlio César, segundo colocado na eleição municipal de 2020, para que este assumisse a Prefeitura de Parauapebas, após uma suposta cassação da chapa Darci Lermen/João do Verdurão.

O crescimento político de Júlio César se deu após a massificação nas redes sociais de um suposto tiro desferido contra ele, que mereceu até menção no programa Fantástico, da Rede Globo, fato que, segundo peritos do Instituto Renato Chaves, ficou posteriormente provado, por laudos, ter sido armado pelo próprio Júlio César.

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