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Pesquisadores do Instituto Tecnológico Vale fazem mapeamento do DNA da Amazônia

Em embalagens ou boletos, por exemplo, há sempre um código de barras, identificação fundamental por trazer informações precisas sobre um produto ou um pagamento. Esse código é como o DNA dos seres vivos, uma molécula presente no organismo que traz todas as informações genéticas daquele indivíduo. No Pará, o DNA das plantas e animais vem sendo utilizado por um grupo de pesquisadores para fazer a identificação de milhares de espécies da fauna e flora. E com isso, estão mapeando o DNA da Amazônia e gerando as referências genéticas para cada espécie.

Com a coleta de rastros deixados por animais e plantas na natureza, pesquisadores do Instituto Tecnológico Vale (ITV), responsáveis pelos estudos, estão identificando o DNA de ambientes da Amazônia. “A água, o solo e os sedimentos de um ambiente contêm rastros das espécies que habitam esses locais, coletando amostras desses locais nós conseguimos sequenciar o DNA e de uma vez só identificar todas as espécies que habitam esses ambientes”, explica o diretor do ITV, Guilherme Oliveira.

O trabalho envolve plataformas de sequenciamento de DNA de última geração, capazes de gerar todo o perfil genético de uma espécie em um único dia e computadores de alto desempenho. “É como se pudéssemos gerar códigos de barra de DNA e criar bibliotecas para espécies e para o ambiente como um todo”, diz Santelmo Vasconcelos, pesquisador do ITV.

O banco de dados ajuda na ampliação do conhecimento, o que contribui para a preservação de ambientes nativos, a compreensão da biologia das espécies, o monitoramento da evolução da restauração de ambientes degradados para o mais próximo do original e também desenvolvimento de pesquisas em biotecnologia. “É um trabalho fundamental para a proteção da natureza, para recuperação de áreas, para encontrar soluções para problemas humanos através da biotecnologia e para desenvolver cultivos que vão gerar renda para as famílias, sem prejudicar a natureza”, explica ainda Guilherme.

Experiência em Carajás
A abordagem do DNA ambiental está sendo usada para monitorar espécies de plantas de canga (vegetação típica de locais onde há a presença de minério) e de invertebrados das cavernas de Carajás. Um dos exemplos é o sequenciamento dos genomas e a caracterização genética de plantas amazônicas, como o jaborandi e a flor-de-Carajás. “Isto nos permite compreendermos de forma ampla como as espécies interagem com o meio ambiente e identificarmos localidades prioritárias para a manutenção das populações, assim permitindo um direcionamento mais eficiente para as medidas de conservação na região de Carajás”, detalha Santelmo.

O projeto DNA da Amazônia tem também como parceiros a Universidade Federal do Pará, The Rockefeller University, Dresden University of Technology, Museu Paraense Emílio Goeldi, University of Copenhagen, PUC RS, Universidade de Minas Geraise e a Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil. Mais informações sobre o projeto estão disponíveis no vídeo: https://youtu.be/klZGTOMsrW0.

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Ei, Psiu! Já viu essas?

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