Destruída há mais de 18 meses, uma ponte que liga os bairros Novo Brasil e Amazônia foi motivo de protestos na Câmara Municipal de Parauapebas e na PA-275. O ato pacífico se deu na sessão ocorrida na manhã desta terça-feira (25), quando populares com cartazes cobrando a obra estiveram no auditório do Legislativo e apresentaram a reivindicação. A manifestação engrossava os protestos já feitos na rodovia que passa próximo do bairro, onde atearam fogos em pneus e bloquearam a via.
Em atendimento aos manifestantes, os vereadores, através do presidente daquela Casa de Leis, Elias Ferreira, se propuserem a receber uma comissão dos moradores e logo após a sessão, na sala de reuniões da presidência da Câmara, aconteceu a reunião.
A reunião com a comissão de moradores contou com as presenças dos vereadores Elias Ferreira, Luiz Castilho, Ivanaldo Braz, Rafael Ribeiro, Joel Alves e José Marcelo; secretária municipal de Obras, Silvana Faria; e o procurador do município, Hugo Moutinho, que explicaram aos populares a real situação daquela obra, paralisada por ordem judicial.
“Fizemos processo licitatório, conforme manda a lei. Em seguida, assinamos junto à empresa vencedora a ordem de serviço, mas a empresa que ficou em segundo lugar no processo recorreu, usando de seu direito legal, e com isto a justiça mandou que fosse adiado o início da obra, até que se julgue o mérito”, explicou a secretária.
Os populares entenderam, mas não compreenderam, dada a urgência de tal obra. Por isto, pedem que seja feito um contrato de emergência para que a obra saia do papel. No entanto, tudo precisa, segundo o representante da Procuradoria Geral do Município, de legalidade, o que será buscado junto ao Poder Judiciário.
Depois de muita conversa, ficou encaminhado que a Procuradoria do Município consultará o Judiciário para buscar, dentro da legalidade, resolver o problema, que tanto impacta a população.
Nota da prefeitura – Em nota distribuída à imprensa, a Assessoria de Comunicação confirma que a empresa vencedora da licitação para conduzir a obra foi obrigada a paralisar os serviços, porque outra empresa concorrente, que participou do processo licitatório, entrou com mandado de segurança.
Por se tratar de uma questão judicial, a nota diz que não depende agora do governo municipal dar continuidade aos serviços.
“A Semob conhece as dificuldades dos moradores e espera que esta situação seja resolvida o quanto antes. Assim, os serviços serão retomados para que a comunidade seja beneficiada com mais esta obra na cidade”, finaliza a nota.