Dança, cantos e cores. Essas foram formas usadas pelos índios Xikrins do Kateté, para comemorar e agradecer às melhorias feitas pela Prefeitura de Parauapebas para aquela comunidade. O prefeito Valmir Mariano, convidado a receber honras indígenas, participou da festa que aconteceu na sexta-feira (5) na própria aldeia, localizada a cerca de 370 quilômetros da sede de Parauapebas.
Ao lado de Raimundo Queiroga, Juliana de Souza, Rômulo Maia, Wagner Santos e José de Fátima, gestores das secretarias de Obras, de Educação, de Saúde, Assessoria de Comunicação e Gabinete, respectivamente, o prefeito foi recepcionado pelo cacique Roiri Xikrin, que o convidou a ter seu corpo pintado para a honraria.
As pinturas, realizadas exclusivamente pelas índias Xikrins, se diferenciam de outras tribos pelo tamanho e pelas formas geométricas e também simbolizam o habitat em que vivem. Jenipapo com carvão, urucum e barro são as matérias primas para criação dessa arte. As pinturas mudam de acordo com as festas e as cores têm a ver com o estado de espírito. Na ocasião, Valmir Mariano recebeu a pintura de grande guerreiro e ainda um cocar de plumas coloridas.
Após a sessão de pintura, prefeito e secretários foram apresentados à comunidade e participaram de uma dança tradicional com cantos na língua Kayapó. Em seguida, ao fazer uso da palavra, Roiri Xikrin quis demonstrar a gratidão de seu povo pelas obras e serviços realizados pelo governo municipal e pela presença do prefeito e de sua comitiva na aldeia.
Entre as principais obras realizadas pelo governo estão a construção de três escolas indígenas, entrega de material e uniformes escolares, melhoria no atendimento de saúde nos três grupos indígenas da região (Djudjekô, Ôodjã e Kateté), abertura e terraplanagem de vias de acesso às aldeias e zonas rurais.
O prefeito não escondeu a satisfação e alegria de fazer parte da cerimônia e declarou não medir esforços para o bem estar dos Xikrins. “Quero dizer que meus secretários e eu estamos determinados a trazer ainda mais ações para benefício das comunidades indígenas de Parauapebas”, afirmou Valmir Mariano, que completou dizendo que todos têm muito a aprender com os índios e a sensibilidade que possuem de sentir e se relacionar uns com os outros e com a natureza.
Reportagem: Anderson George
Fotos: Anderson Souza