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Professores da rede municipal de ensino de Parauapebas irão paralisar atividades

Após a realização de Assembleia Geral quando reuniu servidores da educação pública municipal, que a coordenação de Parauapebas do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (SINTEPP), anunciou que deverá paralisar as atividades nas escolas do município.

De acordo com a coordenação do sindicato, o ato já era esperado, mas, que tentou se evitar com os diálogos desde o ano passado que, segundo o coordenador Rosemiro Laredo, não avançou. “O contexto vivido nas escolas públicas é de calamidade extrema. Não são raros os relatos de invasões e cenas de vandalismo, inclusive com agressões físicas a alunos e servidores. Os ambientes insalubres também se tornaram um problema de saúde pública, uma vez que alunos e funcionários, principalmente professores, estão adoecendo nas escolas”, explicou Rosemiro.

De acordo com avaliação que iremos publicar abaixo, feita pelo SINTEPP, essa situação é o produto de uma somatória de fatores que contribuem para o desastre instalado na educação:

1. O governo implementou um projeto de climatização das escolas, mas não se preparou para fazer a substituição dos aparelhos. Hoje as máquinas estão sucateadas e o governo não consegue resolver o problema. Já há relato de um número considerável de alunos que desmaiaram em sala de aula e foram levados em ambulâncias das escolas para hospitais e o número de professores com problemas de saúde relacionados ao exercício da profissão é preocupante.

2. Ao invés de construir escolas, e para cumprir acordos políticos, o governo opta por alugar prédios sem condições de funcionamento e mantém anexos que comprometem o processo de ensino e aprendizagem. Resumo da ópera, hoje esses anexos estão sendo fechados por falta de condições e os alunos estão ficando sem aula.

3. Apesar de ter uma frota considerável de ônibus escolares, estamos recebendo diariamente a informação de que alunos estão sem aula. As justificativas vão desde a falta de combustível, por falta de pagamento aos fornecedores, até as péssimas condições em que os ônibus se encontram, pois o governo não consegue garantir a manutenção dos mesmos.

4. Falta de material de apoio pedagógico e até mesmo itens básicos como gás de cozinha estão faltando nas escolas da Rede Municipal de Ensino. Recebemos a denúncia de que as merendeiras estão cozinhando em fogão a lenha improvisada na Escola Crescendo na Prática.

5. Alunos do Bairro Novo Brasil estão precisando contornar pela PA-275 porque a ponte, que dá acesso à escola Deyse Lorena, está intrafegável.

6. Professores e alunos da Escola Fernando Pessoa paralisaram as atividades para realizar um ato contra a violência, pois já houve caso de agressão a professor naquela escola, assim como na escola Sandra Maria e Elisaldo Ribeiro, também.

“Infelizmente, chegamos ao ponto em que precisamos suspender as aulas para reivindicar direitos que deveriam ser garantidos pela gestão”, lamenta Rosemiro, anunciando que a paralisação deverá acontecer na próxima quinta-feira, 14, com manifestação em frente à Prefeitura Municipal de Parauapebas, a partir das 8h00.

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