Foram denunciados pelo Ministério Público do Estado: Ricardo Pereira Lima da Silva (missionário Ricardo); Jean Altamir Rodrigues da Silva (genro), Aline Lásara Gomes de Sousa Vaz (filha), Wesley Costa da Silva, Euzilene Alves de Almeida, Ednelson da Silva Rosa de Oliveira e Dourivan Sousa Lima.
A motivação do crime foi a ganância do genro Jean e da filha Aline pelo dinheiro da venda da residência de propriedade missionária Francisca. Euzilene e Wesley são companheiros e visavam retorno financeiro com a morte. Da mesma forma o missionário Ricardo, pessoa de confiança de Francisca, visava ter vantagem econômica.
Já Ednelson Oliveira é acusado do crime de falso testemunho durante o inquérito policial e Dourivan Lima do crime de ameaça contra Wesley e Euzilene para que não contassem nada à polícia civil, pois havia sido filmados por uma câmera de monitoramento de um supermercado durante a fuga.
O crime
Francisca foi morta com requintes de crueldade e uso de emboscada ou dissimulação pelos seus algozes, que utilizaram objeto contuso aplicando-lhe golpe na cabeça. Joanice Silva foi esfaqueada na face e na mandíbula. As vítimas morreram sem ter qualquer chance de defesa.
O missionário Ricardo, Wesley e Euzilene receberam promessa de recompensa no valor de R$ 5 mil, previamente ajustada com Jean e Aline, genro e filha, respectivamente.
Para cumprirem o acordado dirigiram-se no dia 8 de dezembro à casa de Francisca e entraram para orar. Não contavam nesse dia com a presença de Joanice SIlva, que acabou sendo executada também. Esse crime não estava no roteiro inicial dos assassinos, sendo decidido naquele momento.
Após o momento de oração Euzilene e o missionário Ricardo chamaram Francisca para o quintal da frente da residência, perto da entrada de acesso para o salão. Nesse local, Euzilene segurou a missionária e Ricardo usando um objeto contundente, desferiu um golpe na região lateral esquerda da cabeça da vítima e, após, virou o pescoço dela, torcendo-o. Como a vítima ainda estava respirando, jogaram um saco de cimento em cima dela.
Em seguida, Euzilene e Ricardo retornaram para dentro do imóvel, onde depararam-se com Joanice gritando e lutando desesperadamente contra Wesley e Aline, para salvar sua vida. Passaram então a segurar Joanice e esta recebeu golpes com um cabo de rodo e facadas no rosto.
Consumado o duplo homicídio, Jean entrou na casa, pegou a faca e os celulares das vítimas e todos empreenderam fuga, mas antes reviraram o guarda roupas para simularem um roubo.
Após individualização das condutas, Ricardo, Euzilene, Aline, Jean e Wesley responderão em concurso de pessoas e material pelo crime de homicídio qualificado, duas vezes. Jean responderá também pelo crime de ameaça. Ednelson por falso testemunho e Dourivan pelo crime de ameaça.