Parauapebas vem enfrentando uma das piores estiagens dos últimos anos. Não chove no município há várias semanas e o nível do Rio Parauapebas, que abastece a cidade, está marcando 4,71 metros, índice mais baixo já registrado.
Em 2014, na mesma época, a régua marcava 4,90 metros. A seca já se reflete no abastecimento dos bairros Tropical I, Tropical II e Ipiranga, que possui um reservatório próprio.
Segundo o diretor Operacional do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas (Saaep), César Machado, a barragem, construída pela empresa loteadora do complexo há cerca de um ano e meio, deveria abastecer os três bairros. “Ela possui capacidade para manter aproximadamente 9 milhões de litros de água e já chegou a transbordar, mas no momento está praticamente vazia”, afirma.
Além disso, o desperdício e a falta de racionamento dos moradores aceleraram a insuficiência de água no local. De acordo com César Machado, o consumo de água em Parauapebas é superior a 220 litros de água por pessoa que o órgão fornece diariamente, enquanto a média mundial é 120 litros de água.
Como forma de garantir o fornecimento, o Saaep disponibilizou 12 caminhões pipa e espera contar com o apoio de outros 10 em breve. Eles irão abastecer a caixa d´água do complexo Tropical com água vinda do reservatório do Bairro Betânia. Para evitar que a situação se repita no futuro, a Prefeitura preparou um projeto de captação de água diretamente do Rio Parauapebas, a cerca de 3,2 quilômetros do complexo.
O Saaep também está interligando dois poços artesianos do Bairro Vale do Sol para a rede do Ipiranga, com isso, totalizará 40 m3 de água que ajudará no abastecimento dos bairros. A Prefeitura de Parauapebas pede compreensão de todos e solicita aos cidadãos de Parauapebas o uso racional de água no município. Dessa forma, a autarquia acredita que situações como a dos moradores do Tropical I e II e Ipiranga não irão se repetir em outros bairros.