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Saiba qual a importância da alimentação em tempos de isolamento

Laine Carrera | Nutricionista

Em períodos de isolamento não é apenas a saúde física que requer atenção, já que a mudança de rotina e a privação do contato humano têm influenciado também na saúde mental

O corpo humano é formado por estruturas simples como as células, até as mais complexas como os órgãos. O nível de organização do corpo humano é a seguinte: células, tecidos, órgãos, sistemas e organismo. Cada uma dessas estruturas consiste em um nível hierárquico até a formação de todo o organismo.

Para manter o organismo vivo, conforme explicado pela nutricionista Laine Carrera, é necessário alimentar todo esse sistema. “Apesar de tantos milhares de anos que a humanidade está na terra, ainda não aprendemos a nos alimentar. Pois, nos prendemos nos sabores e no que enche o estômago. Quando na verdade os tipos de alimentos e como são consumidos fazem toda a diferença”, explica Laine Carrera, detalhando que tudo se inicia na boca onde a saliva já inicia o processo de digestão devendo ser feita uma boa mastigação.

A nutricionista resume que a enzima amilase salivar (ptialina) “quebra” as grandes moléculas de amido (existentes nos carboidratos – pão, macarrão, etc.) em moléculas menores, de maltose. Da boca, o bolo alimentar desce pela faringe, pelo esôfago e chega ao estômago onde ocorre produção de suco gástrico, a pepsina (outra enzima), em meio ácido (presença de ácido clorídrico), inicia a “quebra” das proteínas. Do estômago, o bolo alimentar passa ao intestino delgado, onde será banhado por sucos digestivos produzidos pelo pâncreas, pelo fígado e pela parede do intestino. “A absorção da maior parte dos nutrientes ocorre no intestino delgado, enquanto a absorção de água se dá principalmente no intestino grosso, que é a parte final do trato intestinal. No entanto, antes de serem absorvidos, os alimentos precisam ser quebrados em partes menores, processe que inicia desde a mastigação”, afirma Laine, listando alimentos que ajudam na digestão e aceleram o trânsito intestinal, equilibrando o PH estomacal e intestinal, alcalinizando o intestino e melhorando o processo absortivo.

São eles: Chás de hortelã, de gengibre, de casca de abacaxi; frutas cítricas (laranja, abacaxi, limão), água com limão, e comer maçã.
A nutricionista recomenda ainda que os idosos, durante o isolamento, devem manter o consumo de frutas e vegetais, proteínas magras, ovos, fibras alimentares (vegetais e frutas) e/ou adicionar pelo menos 1 colher de sopa de linhaça, psyllium, aveia ou chia. “Mas, é importante o controle das quantidades alimentares visto que o gasto energético será menor. Assim, é melhor comer apenas quando sentir fome, além de evitar adição de açúcar e excesso de sal as preparações; e ingerir no mínimo 2 litros de água por dia”, recomenda Laine, dando por importante o consumo de alimentos que melhoram a imunidade: própolis, gengibre, açafrão, suco verde, vegetais, frutas diversas, ovos, inhame, castanha do Pará etc.

De acordo com a opinião da nutricionista, em períodos de isolamento não é apenas a saúde física que requer atenção já que a mudança de rotina e a privação do contato humano tem influenciado também na saúde mental. Por isso, ela também indica que alguns alimentos podem ser inseridos e assim reduzir as possiblidades de transtornos mentais: banana, aveia, castanha do Pará, castanha de caju, abacate, nozes, chocolate amargo, omega 3, linhaça etc. “E acima de tudo sempre beber bastante água; monitorar a frequência de evacuação e a consistência das fezes; tomar sol e se exercitar, mesmo que em casa”, conclui Laine Carrera.

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