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São confirmados 60 mortos e 292 desaparecidos em rompimento de barragem da Vale

Trabalhos de resgate na região atingida pela lama após o rompimento de barragem em Brumadinho (MG) (Cristiane Mattos/O Tempo/Futura Press)

As buscas por vítimas e sobreviventes da barragem que rompeu em Brumadinho (MG) chegam ao quarto dia nesta segunda-feira (28). O número de mortos subiu para 60, enquanto 292 permanecem desaparecidas; 382 pessoas foram localizadas e 191 foram resgatadas até esta manhã.

Dos 60 mortos, 19 foram identificados até o momento (confira a lista aqui). Há ainda 135 pessoas desabrigadas.

O porta-voz do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara, lembrou que o tipo de atuação realizada pelas equipes de busca e resgate é bastante delicada, já que envolve milhões de metros cúbicos de rejeito. A previsão, segundo ele, é que os homens permaneçam no local por semanas.

Na noite do último domingo (27), o Corpo de Bombeiros havia informado 58 mortos e 305 desaparecidos.

O comandante responsável pelo resgate, tenente coronel Eduardo Angelo, afirmou, ainda ontem, que a chance de encontrar sobreviventes é “mínima” em função do tempo em que decorreu a tragédia — a barragem de rejeitos de mineração da empresa Vale rompeu na tarde da última sexta (25).

“Há possibilidade de se encontrar [pessoas] com vida sim. No entanto, a literatura que trata sobre esse assunto demonstra que a partir de 48 horas de empenho, a chance de encontrar vida é bem pequena. Existe [possibilidade]? Já aconteceu? Sim, já teve gente soterrada por mais de 30 dias, só que isso normalmente é um ponto fora da curva”, afirmou.

De acordo com Aihara, as equipes elencaram 14 áreas prioritárias de busca, entre elas locais onde estão soterrados uma locomotiva, uma pousada, ônibus e o refeitório da mineradora Vale, onde a maioria dos funcionários estava na hora do rompimento da barragem.

A Vale divulgou, na manhã desta segunda, uma lista com nomes de 297 dos desaparecidos. Os nomes podem ser acessados aqui.

Ajuda israelense

A partir desta segunda-feira, 136 militares israelenses auxiliarão nas buscas em Brumadinho. Eles chegaram no país em dois grupos distintos, que desembarcaram durante a tarde e à noite de domingo.

A missão será chefiada pelo embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, e conta com especialistas em salvamento em tragédias. Com eles, desembarcam também 16 toneladas de equipamentos de alta tecnologia para resgate, além de seis cães farejadores.

A tragédia

Uma barragem da mineradora Vale rompeu nesta sexta-feira (25) em Brumadinho, cidade localizada na região metropolitana de Belo Horizonte.

Momentos após o alerta ser disparado, era possível encontrar nas redes sociais vídeos que mostravam o mar de lama no local.

O rompimento foi na região do córrego do Feijão, na altura do km 50 da rodovia MG-040. Fotos enviadas por moradores da região aos Bombeiros mostram uma grande quantidade de lama atingindo casas.

Uma nova sirene disparou na madrugada deste domingo (27) alertando moradores da região que deixassem suas residências. Havia o risco de rompimento de uma segunda barragem. No entanto, horas depois, outro desastre foi descartado e eles puderam retornar às respectivas residências.

A barragem 1, que se rompeu, é uma estrutura de porte médio para a contenção de rejeitos e estava desativada. Seu risco era avaliado como baixo, mas o dano potencial em caso de acidente era alto.

Uma outra barragem, a de número 6, agora está sendo monitorada a cada uma hora pela Vale, junto com a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros. Bombas estão sendo usadas para fazer a drenagem e reduzir a quantidade de água, evitando novos problemas.

Como ajudar

Pelos números 0800 285 7000 (Alô Ferrovia – prioritário) e 0800 821 5000 (Ouvidoria da Vale), a mineradora está recebendo informações sobre sobreviventes encontrados e desaparecidos, além de solicitações de apoio emergencial (abrigo, água, cesta básica, roupa, medicamento, transporte etc.)

O Disque 100, do governo federal, também abriu um canal especial para que os atingidos pela tragédia possam solicitar ajuda na busca de desaparecidos ou denunciar violação de direitos. As demandas são encaminhadas aos órgãos competentes, principalmente nas situações de socorro.

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