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SÉRIE PARAUAPEBAS 33 ANOS: Dekão, o cearense que ajudou a implantar o Projeto Cedere

Antônio Francisco Soares Furtado, mais conhecido por Dekão, nasceu em 18 de novembro de 1960, na cidade cearense de Independência. É filho de Estevão Rodrigues Furtado, que era militar do Exército, e da dona de casa Tereza Soares Furtado. O pai dele faleceu há quatro anos, aos 88 anos de idade. A mãe, com 92 anos, “está bem graças a Deus e mora no mesmo lugar onde nasceu, no interior de Independência, em uma localidade chamada São Pedro, no Ceará”, disse ele.

Irmãos

Família grande, Dekão tem mais oito irmãos: Ana Lúcia, Maria Gorete, Raimundo, Maria de Fátima, Lucilene, Antônio Diassis, Antônio Luís, e Laura Gomes Soares Furtado.

Forró pé de serra

Ele teve uma infância muito feliz e animada, em um sítio, a 10km da sede do município de Independência, com muitos primos. “E a adolescência foi dançando muito forró nos pé de Serra do nosso município e região, jogando bola e outras aventuras. E a maior parte da minha família, diria até 90%, ainda mora no mesmo lugarzinho do coração”, afirmou. “E como um bom nordestino, minha família tinha criação de ovinos e gado e eu cuidava junto com os meus irmãos, no dia a dia, sem atrapalhar os estudos”, recorda.

Dekão com a mãe, dona Tereza, e os irmãos no Ceará, quando ela completou 92 anos

 

Estudo

O garoto Antônio Francisco fez o primário fiz lá mesmo na zona rural, na Escola Floresta. “E o ginásio, que hoje chama-se fundamental, foi na cidade, no Ginásio Santana de independência”, recorda.

Escola Agrotécnica

Desde garoto, Dekão já pensava em trabalhar com o homem do campo e fez o segundo grau, hoje ensino médio, na Escola Agrotécnica de Crato, no Ceará, onde concluiu o curso Técnico em Agropecuária. “Nível superior, fiz quatro períodos de agronomia, em Areia, na Paraíba, mas não cheguei a concluir”, disse ele.

Dekão com os amigos da época do ginásio, em um dos encontros que eles realizam todo ano no Ceará

 

Chegada a Parauapebas

Dekão chegou a Parauapebas em março de 1984. “Já vi de lá do Nordeste mandado pela Escola Federal, para trabalhar na colonização que se denominava Projeto de Assentamento Carajás, implantado em 1982 pelo Grupo Executivo das Terras do Araguaia e Tocantins (GETAT). O “objetivo do projeto era atenuar os conflitos pela posse da terra na região, principalmente na área conhecida como Bico do Papagaio, no norte do Estado do Tocantins. Ao longo de três anos, 1.551 famílias foram assentadas na área, que ficou conhecida como Centro de Desenvolvimento Regional (CEDERE)”, segundo o site da prefeitura de Canaã dos Carajás, que era o Cedere II. “Começamos no Cedere I, depois Cedere II (atual Canaã dos Carajás) e Cedere III, que é a região da mina S11D. Erámos trinta técnicos de vários estados e viemos para trabalhar no Grupo Executivo de Terras do Araguaia-Tocantins – GETATt”, destacou Dekão.

 

Família

Dekão é casado com a servidora pública Eliene Sousa Brito Furtado, que conheceu em Parauapebas, e o casal tem dois filhos: Maria Karolina, engenheira ambiental, e Antônio Victor, estudante de engenharia da computação.

Emancipação
“Trabalhei ativamente no movimento juntamente com os pioneiros. Lembro até hoje das reuniões, sendo que quase todas foram no Clube do Morro, no Rio Verde (nas proximidades onde hoje é o Banco do Brasil)”, lembra Dekão.

 

Amizades

Dekão recorda com carinho do tempo em que Parauapebas era apenas um povoado. “Quando a cidade era bem menor e só existiam o Rio Verde e o Cidade Nova nós conhecíamos todos os moradores pelo o nome. Era muito bacana isso. E os campeonatos de futebol era realizados em um campo de terra seca, onde hoje é a Loja Morenta”, afirmou ressaltando que desde dessa época constituiu “boas amizades na cidade”.

O pioneiro Dekão no momento em que recebia o Título de Cidadão Honorário de Parauapebas, concedido pela Câmara Municipal

 

Amor por Parauapebas

“Parauapebas é tudo para mim. Foi onde me realizei profissionalmente e constitui a minha família e sou feliz aqui”, afirmou Dekão, que já recebeu o título de Cidadão Honorário de Parauapebas, concedido pela Câmara Municipal de Vereadores, em uma iniciativa do então vereador Horácio Martins.

Futuro de Parauapebas

“Aí é complicado o nosso futuro por que nosso município vive de um produto que não é renovável, e não vejo a classe política se preocupando com outra fonte aí quando esse minério acabar”.

Como você vê a agropecuária no município de Parauapebas?

“Fraco, porque não temos uma referência de um produto ou cultura. Trabalho na secretaria de Produção Rural (Sempror), uma pasta super importante, mas nunca se destaca, porque é só politicagem. Acho que o município tem bons profissionais que têm capacidade de identificar uma cultura ou mesmo se tornar uma bacia leiteira pelo fato de ser propriedade pequenas”, alertou.

Por ter chegado a Parauapebas em 1984, conhecer bem a história da cidade, ter amor por Parauapebas, Dekão é o nosso homenageado de hoje na série “Entrevistas com os Pioneiros”.

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