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SÉRIE PARAUAPEBAS 33 ANOS: Sérgio da Gaúcha, o dono da churrascaria mais famosa da cidade

Sérgio Langner - Pioneiro de Parauapebas

“Meu filho, a mamãe já vai para a roça com o seu pai e você fica aí cuidando de seus irmãos e cozinhando o feijão, coloca a água na panela daqui a pouco e não deixe o feijão queimar”. Esta foi a primeira missão que o menino de 6 anos de idade Antônio Sérgio Langner de Moura, que havia nascido dia 21 de abril de 1958, na cidade gaúcha de Redentora, recebeu em sua vida. A ordem vinha da mãe Lídia Langner, que hoje mora em São Leopoldo com a filha adotiva Elisabete. O pai, o agricultor Valdemar Fontes Moura, morreu em 1996.

O pedido da mãe, entretanto, não era nenhuma punição ao garoto. Era um pedido de ajuda porque os pais precisavam ir trabalhar na roça. A vida dele foi na roça, pegando no pesado desde cedo, não aproveitou muito a infância com brincadeiras comuns entre as crianças. “Seu nome era trabalho”, como diz o ditado. “Com oito anos passei a ajudar meu pai na roça, capinando e cuidando dos animais”, recorda ele, acrescentando que “essa labuta prosseguiu até aos 19 anos”.

Sérgio teve mais seis irmãos: Muniz, Pedro Paulo, Sirley e Valdez e dois que morreram.
E os estudos? Pergunta o repórter.
“Ah, fiz o primário lá em uma escola no povoado Vista Alegre que ficava a 2km de nossa casa. Era pequeno lá. Tinha uma igreja, algumas casas e uma budega”, comentou.
Já o segundo grau ele foi fazer na cidade maior, Redentora, onde havia nascido, que ficava a 5km de Vista Alegre. Também enfrentou muita dificuldade nesta época. “Acordava às 7 da manhã, tomava café e ia tratar de animais e aves: cavalos, bois, porcos e galinhas. Por volta de 11h30 ia almoçar e depois voltava para a roça. Trabalhava até às 17h tomava um banho e quando tinha dinheiro pegava um ônibus e ia para a escola em Redentora. Quando não tinha, ia a pé ou pegava carona com amigos que moravam na região”, relata Sérgio, nos mínimos detalhes.

O primeiro dinheiro conquistado

O jovem Sérgio trabalhou pesado mais uma vez catando a soja que caía das colheitadeiras nas amplas plantações da região de sua casa, com a devida permissão dos proprietários, e vendia em Redentora. “Certo dia, juntei umas seis sacas de soja, vendi, e com o apoio do meu pai fui lá em Palmeiras das Missões, uma cidade não tão distante da nossa e comprei uma bicicleta. Coloquei um farol nela, para poder andar a noite, na ida e vinda da escola, com mais tranquilidade”, disse ele.
A vida não era fácil para o gremista Sérgio. Quando chovia não podia ir de bicicleta para a escola e se não conseguisse carona com os amigos acabava faltando naquele dia chuvoso. Mas quando ia de carona e não conseguia carona na volta e não tinha dinheiro para o ônibus, dormia em Redentora na casa de algum amigo e retornava no dia seguinte para casa. Durante o dia ia para a cidade cuidar das coisas do pai, que era analfabeto. Recebia fatura de venda de soja, pagava contas ou fazia alguma compra para casa.

Três Passos

Enquanto isso, o pai e os irmãos continuavam trabalhando na propriedade da família. Havia plantação de soja, milho, trigo, mandioca, arroz, uva, bergamota (tangerina), cana de açúcar, melancia, melão, porco e galinha. Da cana de açúcar se fazia rapadura, do porco fazia salame e toicinho, enfim, a família produzia tudo que se pode produzir na roça. “A gente só comprova mesmo querosene para colocar no lapião, porque não tinha energia elétrica e café ou algum outro produto que não era produzido em casa”, recorda, com ar de saudade.

Um belo dia, porém, houve um desentendimento entre ele e o pai. “Meu pai passou reclamar dizendo que eu não estava mais trabalhando na roça e só ficava na cidade, esquecendo que ficava na rua justamente resolvendo as coisas para ele”, explicou.
Sérgio, então, tomou uma decisão, juntou sua trouxa e foi embora para a cidade de Três Passos, também no Rio Grande do Sul. Ele foi para casa da tia Blondina (Já falecida), irmã de sua mãe, dona Lídia, mas ficou por lá só duas semanas. Depois, procurou o primo Carlos Langner, cujo pai, Levi, era casado com sua tia Amália, e era dono de um cinema na cidade. Aí o primo Carlos escreveu um bilhete e disse para ele procurar um amigo, administrador na empresa Andrade Gutierrez. Deu certo. Foi trabalhar como servente e auxiliar de patrimônio em Três Passos, mas lá não conseguiu conciliar trabalho e estudo por causa dos horários e parou de estudar no segundo ano do segundo grau (hoje, ensino médio). De Três Passos, ele foi transferido para a cidade de Rio Grande e, posteriormente, para São Paulo, para trabalhar na obra de canalização do Rio Tietê. “Já viajei para Rio Grande classificado para a função de cuidador do patrimônio: motor elétrico, mesa cadeira, caminhão, etc. Depois fui promovido como encarregado de faturamento e fiquei por lá até maio de 1981″, destacou. Pediu conta da Andrade Gutierrez e ficou sabendo por anúncio de jornal que a Companhia Brasileira de Projetos e Obras (CBPO) estava contratando trabalhadores e foi lá e se apresentou. “Fui atendido pelo Sr. Eurípedes, hoje aposentado e bem velhinho. Ele me mandou para trabalhar na obra de Avaintava, na barragem de Birigui, perto de Sorocaba (SP)”, lembra.

Carajás

De lá, ele foi transferido pela CPBO para trabalhar em Carajás. “Lembro que dia 7 de junho de 1981, às 19h, com 23 anos de idade, desembarquei em Carajás”. Sérgio morava no alojamento da empresa e para se comunicar com a família no Rio Grande do Sul só meio de carta. Não existia telefone. Era ainda pura selva amazônica.

Aí o nosso pioneiro homenageado dá detalhes sobre o povoado de Parauapebas. “A barreira ficava lá no 16, na entrada do garimpo de Serra Pelada. Só existia um posto de gasolina no chamado 100, hoje naquele entroncamento da BR 155, em Eldorado do Carajás (PA). A fiscalização da Polícia Federal no 16 era rigorosa. APF revistava tudo. Se você tivesse um canivete ou um conta gotas de pinga, os agentes tomavam tudo. Essa Av. Faruk Salmen era só uma estradinha que dava acesso às fazendas em direção para onde hoje está a Palmares Sul. Era tudo floresta, mas a Andrade Gutierres e outras empresas que trabalhavam na obra da Ferrovia de Carajás começaram a melhorar as estradas”, relata.

No Núcleo Carajás, Sérgio Langner trabalhava no setor de patrimônio, cuidando da entrada e da saída das ferramentas da CBPO. “Acordava às 5h30 da manhã e às 6h começava a trabalhar. Almoçava e jantava no alojamento e à noite a única diversão que eu tinha era bater papo com os amigos ou ouvir a Rádio Nacional da Amazônia num radinho de pilha com muita dificuldade, porque a transmissão não era boa, porque era tudo mata fechada”, lembra ele.

“No meio do percurso fui candidato a vereador ao lado de Dário Veloso, mas fiquei como segundo suplente”

 

O carro

Em 1982, não tinha com que gastar dinheiro, só fazendo economia, acabou comprando um carro e viajou para visitar a família no sul. Na volta (em novembro de 1982), ao chegar a Parauapebas, após as férias, “usei uma maquinha fotográfica que tinha e tirei umas fotos lá no Rio Verde, mas tempos depois alguém pediu para fazer um trabalho e nunca mais me devolveu aquelas fotografias históricas”, recorda, demonstrando tristeza por ter perdido um arquivo precioso. Ao retornar para Carajás, foi transferido para São Paulo, para trabalhar na Fepasa, que envolvia as cidades de Mairink, São Roque e Sorocoba. Ficou por lá apenas seis meses e depois foi transferido para Pedreiras, no Maranhão, para trabalhar na construção da Barragem do Rio Flores, para irrigação agrícola, no município de Joselândia. Também ficou seis meses e 1983 voltou para Carajás.

Cabarés

Trabalhava no almoxarifado, mas na área de pedido de compras, ou seja, recebia mercadorias para atender oficinas e escritórios. “A portaria da Vale do Rio Doce ficava do outro lá do rio parauapebas. Do rio sebosinho até a onde hoje em um posto de gasolina, na altura do ponto de taxi, perto do tabocal, era cheio de barraquinhas e muitos cabarés. Vi muito cara pegar o extintor no carro para esfriar cerveja e beber. Do posto pra frente, fora a estrada que dava acesso ao povoado, o resto era só mata fechada. Com o tempo, derrubaram os matos alí na entrada da hoje Rua do Comércio para ter um melhor acesso à serraria do Sr. Antônio Sartório, pai do Raniere e do Luciano Sartório”, revela o nosso pioneiro homenageado.

Primeiro Misto Quente

Em 8 de dezembro de 1984 o gaúcho Sérgio Langner abriu uma das primeiras lanchonetes da cidade famosa Rua do Meio (hoje, Rua Fortaleza), onde ficavam os cabarés, o famoso “inferninho”. “Vendia lanches, cervejas, refrigerantes e sucos. Acho que fui um dos primeiros caras da cidade a fazer um misto quente em Parauapebas. Lembro que o Luciano e Raniere Sartório iam sempre lanchar por lá. Fique dois anos com a lanchonete, mas o tabelamento de preços lançado pelo então presidente Sarney, com o chamado Plano Cruzado, quebrou todo mundo. Ninguém não tinha como comprar mercadorias de Belém com o preço tabelado. Uma garrafa de refrigerante grande que custava cinco cruzeiros, a gente comprava de Belém por R$ 2,40 e tinha que vender por R$ 2,45, por causa do tabelamento. Se quebrasse uma garrafa, mesmo vendendo uma caixa toda não dava para comprar a garrafa e ainda perdia o líquido. Para sobreviver comprava com ágio de algumas pessoas que traziam as bebidas de Marabá e vendíamos escondidos. O caminhão demorava dois dias para chegar de Marabá ao povoado de Parauapebas. Aí não aguentei e fechei a lanchonete da Rua Meio”, disse ele.

“Por causa da dificuldade para comprar e vender cerveja e refrigerantes tabelados, sobrevivia vendendo bebida quente, porque botava o preço na dose, açúcar, café, vela, entre outros produtos. Era uma espécie de bar e mercearia na lanchonete da Rua do Meio. Depois, Sérgio abriu outra lanchonete perto do famoso – época – Clube do Morro, do casal Gildo e dona Ana, na área onde hoje está localizado o Banco do Brasil no bairro Rio Verde. Até hoje eles moram no local, na Av. JK. Fiquei quase dois anos – 1985 e parte de 1986, mexendo com as lanchonetes, mas depois desisti e aí fiquei um tempo à toa só gastando o que havia ganhado”, revelou.

Terra

Parado que nada. Sérgio não era homem pra isso. Acabou conseguindo uma terra na área da Paulo Fonteles e ficou por lá algum tempo.

Amigo e compadre Jorge Porto

Paralelamente a isso, ajudava o amigo Jorge Porto Garcia no funcionamento diário do Pit Dog, lá na área onde hoje é o CDC, no Bairro Cidade Nova. Antes, Jorge teve um trailer para vender cachorro quente na esquina do Bamerindus, na entrada da Rua do Comércio. Certo dia, Sérgio pediu para amigo fazer o acerto com ele porque decidira ir embora de Parauapebas.
– Jorge, vou te passar uma procuração para você vender minha terra lá na Paulo Fonteles, e a lanchonete, porque eu vou embora. Um engenheiro da CBPO está me chamando para ir trabalhar numa obra lá Paraná. Não estou conseguindo tudo que quero, está dando errado e vou me embora, declarou.
– Vai embora, não cara. Tenho um ponto lá na Rua do Comércio, te arrumo lá para você trabalhar. Você fica sem pagar aluguel por seis meses. Pense bem. Fique aqui em Parauapebas, afirmou, categoricamente, o grande amigo Jorge.

Churrascaria Gaúcha

“A prefeita Bel me arrumou uns pedaços de compensados de sobras de casas que haviam sido desmontadas lá no Núcleo Carajás. Havia muita poeira no povoado e precisa forrar o teto. Comprei fiado uma grade de cerveja, uma caixa de refrigerante, um freezer, que paguei em quatro parcelas com cheques pré-datados e montei a lanchonete Sérgio Lanches, onde hoje é a Casa das Noivas, ali na altura da Loja Opção, na Rua do Comércio. Nesta lanchonete começou a ser fundada a Churrascaria Gaúcha. Eu mesmo fazia o churrasco, minha mulher era a garçonete, com o apoio de uma cozinheira. Depois comprei um terreno na Rua 24 de Março, onde é hoje o INSS, no Rio Verde, construí um prédio e lá instalei de fato a Churrascaria Gaúcha”, lembra o empresário.

Do Rio Verde, em 1999 levou a churrascaria para o Cidade Nova, no local onde hoje é o Banco do Brasil, ao lado da Farmácia Zero Hora. No fundo da churrascaria, ele montou a famosa boate Kaverna. “Posteriormente, abrimos o Pagodão, que funcionava das 17h até 2 ou 3 manhã. Era gente demais. Movimento grande. E por lá fiquei até 2009”, disse ele.

 

 

CTG

Aí resolveu comprar do Célio da Cadilac o terreno do CTG (Centro de Tradições Gaúchas), hoje com 25 mil quadrados, no bairro Vila Rica, já bem afastado do centro de Parauapebas. “Paguei R$ 5 mil, dei um carro Santana que tinha, e quatro cheques pré-datados no valor de R$ 2.500,00 cada, ou seja, paguei 30 mil reais por esta área há 19 anos atrás e hoje vale R$ 6 milhões. Lá tinha só um barraco, reformei, construí uma casa e vendia costela assada na segunda-feira e construí um campo de futebol para alugar para a garotada. Tudo aqui era área loteada, mas como a prefeita Bel Mesquita resolveu construir o cemitério aqui ao lado do CTG, muitas pessoas abandonaram o bairro e tinha gente vendendo lote aqui por R$ 500,00. O pessoal não queria ficar aqui por causa do cemitério”, disse ele.

Aí, voltou para o Cidade Nova, abrindo a Churrascaria Gaúcha quase na esquina, perto do prédio da secretaria de Saúde, onde hoje funciona uma loja de cosméticos e ficou por lá até 2010/2011. E depois decidiu abrir um restaurante na sub esquina da Rua Lauro Corona, no Bairro da Paz.
“O movimento ia bem, mas começaram as perseguições de fiscais da prefeitura. Não podia nem colocar umas cadeiras na calçada que eles já chegavam enchendo o saco. Era uma fiscalização rigorosa. Até uma plaquinha indicando onde era o restaurante, os fiscais passavam e arrancavam tudo”, desabafa o empresário. Ele ficou por lá um ano e meio, mais ou menos, acabou fechando o restaurante e resolveu construí um galpão na área do CGT, onde já funcionavam os campos de futebol para alugar para a rapaziada e a partir de 2012 passou a realizada a famosa “QuintaNeja”, com muita música sertaneja e fazendo a alegria dos jovens e adultos de Parauapebas. Era casa cheia. A “QuintaNeja” funcionou até 2015.

Primeira filha

Paralelamente às suas atividades empresariais, Sérgio Langner sempre arrumava um tempo para namorar. Chegou a morar com a jovem Vânia, cujo namoro começou em 1985 lá na lanchonete da Rua do Meio, e desse relacionamento nasceu a filha Regiane, hoje com 33 anos. A filha já deu três netos para ele.

Casamento

Em 1986, fazia compras no Supermercado Mundial, onde depois funcionou o Farturão, no Cidade Nova, perto da Casa da Roça, quando viu uma moça muito bonita trabalhando como caixa. Era a garotada Maria José, de apenas 19 anos. Mas ela não deu bola para ele não. (Sérgio tinha 30 anos).
“Um dia eu fui lá comprar queijo e uma goiabada para merendar e tomar uma pinga para espantar os mosquitos lá na roça na Paulo Fonteles, porém, mais uma vez, ela não deu bola pra mim, concentrada em seu trabalho. Lembro bem da goiabada porque resolvi comê-la com queijo, fui abrir a lata e cortei meu dedo, amarrei com um pedaço de pano e fiquei lá pela roça uns dias”, recorda.

A Maria José sempre ia lá pelo Pit Dog, no período em que eu fiquei lá ajudando o Jorge, e passou a olhar para mim, mas sem demonstrar muito. “Depois me disse que era ruim de se aproximar de mim, porque eu estava sempre cercado pela mulherada. Mas foi abrindo caminho e se aproximando. Mas eu disse logo que não queria me casar porque já havia passado por um relacionamento e não tinha dado certo, quero viver a vida e raparigar”. Mas a moça não desistiu, foi se aproximando cada vez mais dele, passaram a namorar e dia 18 de novembro de 1989 se casaram.

Filhas

Do casamento nasceram duas filhas: Natália da Silva Moura, que morou em Nova Orleans, onde se formou em engenheira química, tornou-se cientista em materiais, e em agosto deste ano deve concluir o doutorado nos Estados Unidos. A Natália se casou dia 1º de maio, ou seja, no começo deste mês, com o engenheiro da computação, Jonh Harvey, na cidade de Baton Rouge, no estado da Lousiana, onde o casal mora nos Estados Unidos. A esposa do Sérgio, dona Maria José, foi lá prestigiar o casamento da filha e o Sérgio assistiu toda a cerimônia pela internet, já que o evento foi transmitido via Instagram, segundo ele informou, demonstrando muita felicidade.
A outra filha, Nádia Moura, de 27 anos, é solteira, 27 anos, se formou em fisioterapia em Goiânia, na PUC de Goiás, mora com os pais e há um ano e meio trabalha em uma clínica nobairro Cidade Nova, em Parauapebas.

 

Momentos marcantes da vida

Sérgio Langner considera três momentos importantes na sua vida:

1º) O apoio do grande amigo Jorge Porto, hoje seu compadre (padrinho da Nádia), que lá no começo da década de 1990 insistiu para que ele ficasse em Parauapebas e deu total apoio para ele montar uma nova lanchonete. “Aquele empurrão do Jorge foi fundamental na minha vida”, reconhece ele.
2º) “Casamento com dona Maria José, porque passou a ser uma época de estruturação e de formação de uma família. Ela sempre esteve ao meu lado. Às vezes não entendia bem minha decisões e minha maneira de trabalhar, como a decisão que tomei de abrir a Churrascaria Gaúcha no bairro Cidade Nova depois de ter funcionado lá.
3º) A inauguração da Churrascaria Gaúcha, que mudou a vida dele e da família.

Perseguição

Sérgio Langner se considera que não cresceu mais e não fez muito mais por Parauapebas porque sofre muita “perseguição” de autoridades municipais, fez com que ele fechasse seus negócios e enfrentasse muita dificuldade na vida.

Família

“Sou realizado pela família que tenho. Mas financeiramente, não, por causa das dificuldades que passei na vida. Hoje, tenho um patrimônio de R$ 7 milhões e tem dia que não tenho cinquenta reais, no bolso”, revela.

Honestidade

“As pessoas honestas não são valorizadas em Parauapebas e deveriam ser mais reconhecidas. Eu digo isso porque sinto isso na pele, especialmente quando ajudei a criar o Sindicato dos Donos de Bares e Restaurante e não tive apoio das autoridades e o sindicato não foi formado totalmente. Acho que por isso, sofri com o fechamento dos meus estabelecimentos por causa de punição fiscal todo dia. A vigilância sanitária não aceitava nada que eu fazia”.

Churrasco

“Meu amor por churrasco começou em Carajás quando trabalhava na CBPO e era convidado pelos engenheiros para fazer churrasco pelo fato de ser gaúcho. Aí surgiu minha paixão pelo churrasco. Entendo de carne, tenho prazer em preparar uma carne, e fazer churrasco e não carne assada, como muita gente faz por aí, dizendo que é churrasco”.

“Bom, aqui é uma das minhas paixões, que é o churrasco”

 

Parauapebas
“Representa prosperidade, oportunidade e realização na vida”.

Momento triste

“Quando perdi meus avós e meu pai. No caso da morte do meu pai, eu me preparei e projetei visitá-lo e apresentar minhas filhas para ele, mas infelizmente ele morreu antes disse. Fiquei sabendo que ele estava mal quando trabalhava no Projeto Bahia, chefiando a cozinha do restaurante quando atendia empresas lá na mina”.

Futebol

Hoje, o gremista Sérgio Langner vive tranquilo com seus quatro campos de futebol na área do CTG, que conta ainda com salão de eventos e área de show, cujo movimento caiu bastante nos últimos dois anos por causa da pandemia da covid.

Com esta história de vida e de luta em Parauapebas, o gaúcho Sérgio Langner é o nosso homenageado de hoje no Projeto Entrevistas com Pioneiros do Portal Pebinha de Açúcar.

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