Após a frustrada tentativa de conciliação, ocorrida na manhã de sexta-feira, 3, o Sinseppar (Sindicato dos Servidores Públicos de Parauapebas) realizou uma Assembleia Geral e pôs sob a decisão dos servidores o fim ou manutenção da greve. Na assembleia foi decidido a manutenção da greve até que se reabra as negociações.
Diante desta situação, servidores aguardam na porta do prédio da Prefeitura Municipal de Parauapebas, a retomada de negociação da pauta.
Roberto Vieira, presidente do Sinseppar (Sindicato dos Servidores Públicos de Parauapebas) disse que o Secretário Municipal de Planejamento, Célio Costa, se comprometeu a intermediar a reabertura da mesa de negociação com o chefe do executivo, prefeito Valmir Mariano. Motivo que levou à porta do prédio da prefeitura inúmeros servidores na tentativa de pressionar o governo a reaver suas decisões.
Porém em entrevista concedida ontem a uma emissora de TV local, Valmir Mariano, deixou claro que não negociará mais a pauta, tanto no que refere a reajuste salarial proposto pelo Sinseppar de 13,96%, quanto ao Vale Alimentação que é de R$ 400.
Ainda de acordo com o sindicato da categoria, caso o governo não ceda às reivindicações, a greve continuará durante as festividades de aniversário do município, evento iniciado hoje, Quarta-feira, 8, e se estenderá até o dia 12, Domingo.
“Não temos nada a comemorar nestes 25 anos de emancipação política”, disse Roberto Vieira.
Audiência de Conciliação
Realizada no Fórum de Parauapebas na manha de sexta-feira, 3, a Audiência de Conciliação, moderada pelo Ministério Público, teve como objetivo pactuar o retorno dos servidores aos seus cargos, o que provocou um caos tanto para a administração quanto para a população que precisa dos serviços públicos.
Os servidores reclamam da intransigência do chefe do executivo na negociação dos pontos discutidos e da inflexibilidade nos percentuais do reajuste salarial e ainda do valor exigido para o vale alimentação.
Mesmo com mediação do MP, a Audiência de Conciliação não teve o sucesso esperado, porque o Gestor Municipal que não cedeu em nada para fechar a pauta de negociação.
O MP propôs um valor de R$ 300 para o Vale Alimentação, R$ 20 a mais do que era pedido em segunda negociação pelo sindicato da categoria que havia começado com proposta de R$ 400.
Quanto ao reajuste salarial, outro importante ponto de discussão, cuja proposta do sindicato foi de 13.96% respondida com apenas 6% em primeira discussão e elevada depois para 10%, não avançou em nada. O ponto teve recusa do executivo diante do sugerido pelo MP que era 13% de reajuste.
Reportagem: Francesco Costa