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Sindicato dos Médicos emite nota contra empresa que administra o Hospital Geral de Parauapebas

Finalmente inaugurado no dia 1º de julho de 2016, após quase 10 anos de construção e muitos milhões investidos, o Hospital Geral de Parauapebas (HGP) vem funcionando com o objetivo de melhor atender a população, porém, as críticas por parte de usuários e até mesmo entidades, como o Conselho Municipal de Saúde, são grandes.

Durante esta semana, a Diretoria do Sindicato dos Médicos do Pará (SINDIMEPA), divulgou uma nota sobre problemas administrativos que ocorreram no último final de semana na unidade de saúde em Parauapebas, confira abaixo:

“O Diretor Técnico da Gamp, empresa que administra o Hospital Geral de Parauapebas, dispensou os dois cirurgiões que estavam na escala de sobreaviso da urgência, no sábado dia 24 de setembro pela manhã, em clara retaliação por não terem concordado com a proposta de precarização de trabalho imposta pela empresa. A Gamp nega-se reiteradamente a respeitar os direitos trabalhistas dos médicos de Parauapebas e está pegando médicos desavisados e inexperientes de outras localidades sem dar nenhum tipo de satisfação à Gestão Municipal e menos ainda ao Conselho Municipal de Saúde, o que representa o controle da população sobre as ações da Gestão na Saúde Pública.
Funcionários do HGP relatam que ainda no sábado chegou um paciente com caso grave de trauma de tórax, por volta das 15h, que ficou aguardando até 21h, quando os médicos cirurgiões contratados pela Gamp só vieram responder o chamado de avaliação por volta das 21h.
Enquanto isso, a Gestão Municipal em sua campanha eleitoreira fala nas mídias que o Hospital está de vento em polpa, com UTI adulto funcionando e que esta semana o setor de Hemodiálise inaugura. Quando na verdade o HGP está com vazamentos nos canos dos tetos, continua sem médicos suficientes e sem escala de trabalho definida como prevê o contrato; a UTI não tem médicos intensivistas e desobedece uma série de itens definidos pela Agência de Vigilância Sanitária Nacional como mínimos para o funcionamento; e o setor de Hemodiálise está cheio de pendências a serem resolvidas e sem autorização da Vigilância de Saúde Estadual para funcionar, carecendo de nova auditoria.
O Sindmepa repudia a atitude da empresa Gamp e de seu Diretor Técnico que estão claramente precarizando a saúde pública municipal e da Gestão Municipal e Câmara Municipal que possuem o poder de acabar com este caos e não o fazem. O Conselho Municipal de Saúde, os servidores públicos e a Comissão de Saúde da Câmara são os únicos que estão militando contra este caos, mas não tem sido ouvidos pela Gestão Municipal e muito menos pela maioria dos vereadores da Câmara Municipal, alegando que está tudo às mil maravilhas.
Nossa expectativa é que o Ministério Público atue em defesa da saúde da população de Parauapebas antes que mais pessoas sejam vitimadas por esse caos. De nossa parte, não deixaremos que estes desmandos passem em vão”.

Outro lado

Visando sempre fazer um jornalismo sério, a equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar entrou em contato com a Assessoria de Imprensa do Gamp, que por sua vez, encaminhou o seguinte texto:

“Com menos de três meses de funcionamento o HGP já implantou a Maternidade que está funcionando normalmente. O Mutirão da Mamografia caminha para zerar a fila de mais de mil pacientes. UTI em operação e o serviço de Hemodiálise em fase final de montagem para entrar em operação no início de outubro, acabando com o sofrimento de dezenas de paciente que hoje tem que se deslocar para cidades vizinhas em cansativas viagens de ônibus para receber o tratamento. Tudo em conformidade com o previsto no contrato de gestão firmado entre o GAMP e a Secretaria de Saúde da prefeitura de Parauapebas.

Em resposta à nota publicada pelo Sindicato dos Médicos do Pará e para a reposição da verdade,o diretor técnico Dr Gilberto Alves Pontes Belo, informa à comunidade, que:

Os médicos não foram demitidos porque nenhum deles tinha fechado contrato com o GAMP. Não aceitaram a condição de fazer plantões presenciais(quando o médico fica no hospital durante o seu horário de trabalho). Queriam ficar apenas de sobreaviso(ficariam em casa e só iriam ao hospital se fossem chamados)
O paciente citado foi lesionado por arma de fogo , sendo prontamente atendido pela equipe de plantão, dois médicos-cirurgiões acompanharam a intercorrência. Dois cirurgiões ficam de plantão 24 horas por dia, nos 30 dias do mês;

A UTI foi aberta antes do previsto devido a alta demanda de pacientes em estado crítico necessitando de tratamento intensivo. A equipe foi prontamente mobilizada e já se encontra com médicos 24 horas. Enquanto não se completava a equipe, o próprio diretor técnico do GAMP deu o suporte necessário para os pacientes;

A UTI não tem problemas estruturais, mas há questões burocráticas a serem atendidas, como o protocolo de abertura, alvarás e certidões, porém a vida humana vale mais que tudo isso e a urgência de casos que possuem risco de óbito, suplanta a burocracia e foi dada prioridade à vida das pessoas”.

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