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Alípio Ribeiro - Colunista

Estas palavras vêm se tornando comum nas bocas de profissionais treinados na indústria do dano moral e na relação de trabalho. Se o superior imediato não estiver preparado, poderá perder o emprego, enquanto o comandado permanecerá trabalhando, e com um riso de satisfação pela atrocidade perpetrada.

Já vi e vivi cenas assim. Outro dia, uma recepcionista chamou um advogado de mal-educado, porque ele adentrou a sala do chefe dela, antes de ser anunciado. Ao sair, o advogado disse que fazia parte das prerrogativas dele adentrar salas públicas, além dos cancelos, sem pedir permissão. Foi o suficiente para que a recepcionista começasse o teatro. “O senhor está me ameaçando? Pare de apontar o dedo para mim!” E insistia nas palavras se fazendo de vítima. Será que ela sabia o que estava fazendo? Ou o fez por ser petulante, arrogante, daquele tipo que não leva desaforo para casa?

Funcionários que agem assim, sejam públicos ou privados, produzindo uma situação que não era para acontecer, são desprovidos de caráter e acabam se dando muito mal no final. São pessoas pobres de espírito, que acham que conhecem a lei e querem intimidar pela mentira e teatralidade, simulando uma situação de humilhação inexistente. Como proceder?

Em situações assim, o melhor é manter a calma. Seja patrão ou empregado.Olhe em volta, veja se há testemunhas, pergunte o nome e função de quem estiver por perto. Na falta de alguém que presencie o fato, puxe o celular e comece a filmar ou gravar áudio. Se não existirem provas, dificilmente haverá processo.

O assédio moral na relação de trabalho acontece quando o chefe faz o empregado passar por humilhações frequentes no ambiente de trabalho, em um período prolongado de tempo. Broncas, cobranças veementes por mais resultados, discussões entre empregados e entre empregados e patrões não configuram o assédio moral. Falar alto, mesmo gritar com o subordinado, gesticular, apontar o dedo, também não.

No entanto, xingar o colega de trabalho, seja chefe ou subordinado com palavrões, depreciando ou ofendendo-lhes a honra, pode configurar crimes de calúnia, injúria ou difamação.

A maior dificuldade está em provar o ato e o fato. Dificilmente o queixoso encontrará nos colegas alguém disposto a testemunhar. Por isto, o empregado deve manter a calma e se preparar para produzir as provas. Ao notar que as ofensas e humilhações tendem a continuar, deve deixar o celular num local estratégico, pronto para gravar se precisar. Ou procurar um aliado dentro da empresa que também nāo suporte as injustiças cometidas. Na hora certa, basta uma mensagem com algum código para o aliado, que ele virá correndo e servirá como testemunha. O chefe também pode usar o mesmo artifício. Com uma diferença: ele pode preparar um ambiente contra o empregado.

Quando o servidor é efetivo e acha que não pode ser demitido, acaba criando situações contra ele mesmo. E pode sofrer um procedimento administrativo e até perder o cargo. Ou ser transferido para um setor que não lhe agrade. Há que se seguir as regras de subordinação e chefia. O ideal é que haja harmonia no ambiente de trabalho.

Importante lembrar que se um empregado, público ou nāo, denunciar um colega ou chefe, o faça com a certeza da vitória, caso contrário, a denúncia pode se voltar contra ele. O denunciado, provando inocência, poderá entrar com uma queixa por denunciação caluniosa e ainda com uma ação por danos morais contra o acusador.

Então, o bom mesmo é trabalhar com dedicação e zelo, evitando problemas e aborrecimentos. Mas, não se deixe intimidar e nem leve desaforo para casa. Tenha cautela, sabedoria e saiba que para toda ação existirá uma reação!

  Bom trabalho!

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