Após ordem judicial, manifestantes iniciam saída do prédio; oficial de Justiça acompanha operação e recusa pedido de prazo feito pelo movimento
Na final da manhã desta quarta-feira (13), a ocupação do prédio da sede administrativa da Prefeitura de Parauapebas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) teve um novo capítulo. Por volta das 11h47, a Tropa de Choque da Polícia Militar chegou ao local para cumprir a liminar de reintegração de posse expedida pela Justiça, determinando a desocupação imediata do imóvel.
A ação contou também com a presença de uma oficial de Justiça, responsável por comunicar formalmente a decisão judicial aos representantes do movimento. Durante o diálogo, o MST solicitou um prazo adicional para a saída, alegando necessidade de organizar os pertences e a transferência das famílias para outro ponto da cidade. No entanto, o pedido foi negado pela oficial, que manteve a determinação de desocupação imediata.
O processo de retirada começou com a saída de mulheres e crianças que estavam no prédio. Em seguida, os demais manifestantes iniciaram a desmontagem do acampamento, tanto no interior da sede administrativa quanto na praça ao lado. O grupo seguiu para a Praça dos Pioneiros, onde pretende continuar a mobilização.
A ocupação teve início na manhã de terça-feira (12), quando integrantes do MST derrubaram o portão principal de acesso ao gabinete do prefeito e entraram no prédio. Desde então, o local se tornou palco de intensa movimentação, com bandeiras e barracas instaladas, chamando a atenção de quem passava pela área.
A Prefeitura de Parauapebas, por meio de nota divulgada ainda na terça, repudiou a invasão e reafirmou que está aberta ao diálogo com qualquer organização, desde que as manifestações sejam pacíficas, sem violência e sem depredação do patrimônio público.
A operação de reintegração de posse foi acompanhada por equipes da Guarda Municipal e do Corpo de Bombeiros, que auxiliaram na segurança e prevenção de incidentes durante a ação.
O Pebinha de Açúcar segue acompanhando os desdobramentos desta mobilização, que segue repercutindo intensamente em Parauapebas e em todo o Pará.