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Vacinas inspiram gratidão na luta contra a Covid-19 no Pará

Foto: © Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Há quase um ano, no dia 19 de janeiro de 2021, a técnica de enfermagem Shirley Maia recebeu uma importante missão: personificar a esperança de tempos melhores. Trabalhando no Hospital de Campanha montado no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, em Belém, ela foi escolhida como a primeira paraense a receber a vacina contra a Covid-19.

Nesta quinta-feira (6) é comemorado o Dia da Gratidão e, em alusão à data, ela lembra como foram aqueles momentos. “Uma explosão de sentimentos. Um deles é gratidão. Grata ao meu Deus por ter sido a escolhida para ser a primeira vacinada, representando a todos meus colegas de trabalho da nossa equipe da época. Tenho muito orgulho de estar em linha de frente cuidando de quem precisava. É uma data que jamais será esquecida, uma data que marcou pra todos a chegada da vacina para nosso povo paraense. Fica aqui minha gratidão a Deus e a todos que trabalharam para esse momento”, destaca.

Quase um ano depois, ela se sente aliviada de ver que o pior já passou, ainda que a pandemia seja uma realidade. “Quero muito que todos tenham a oportunidade de se vacinar, me sinto mais feliz ainda de estar vacinada e minha família também. É uma luz além do horizonte, e que todos possam enxergar essa luz. Não podemos esquecer que a pandemia não acabou e precisamos continuar com as medidas de prevenção”, enfatiza.

Para celebrar a chegada das vacinas, muitos profissionais têm se mobilizado para fazer com que mais e mais pessoas sejam imunizadas. Lucas Castro é estudante de Medicina da Universidade do Estado do Pará (Uepa) e atuou como voluntário na vacinação.

“Foi um momento de esperança quando soubemos que, finalmente, poderia ter uma luz no fim do túnel depois de 2020, a campanha ter iniciado em meados de fevereiro e março de 2021. Perdemos muitas pessoas e tudo isso nos deixou desacreditado e com medo. Ficamos três meses, direto, auxiliando na campanha no Mangueirinho, em Belém. Um momento de muita gratidão, pelo carinho que recebíamos das pessoas, principalmente dos idosos. Dava para ver a esperança nos olhos naquelas que tinham perdido alguém, era muita emoção para todas nós”, lembra Lucas.

De acordo com o estudante, cerca de 70% da equipe era formada por voluntários e acadêmicos que disponibilizaram seu tempo para ajudar. “Gratidão à ciência, aos pesquisadores que dedicaram conhecimento para trazer um pouco de esperança a todos nós. Aos colegas voluntários, estudantes, também agradeço e acredito que a partir dessas atitudes podemos imaginar como serão os profissionais do futuro”, acrescenta o acadêmico.

O trabalho desses e de outros profissionais envolvidos no processo de imunização inspira a gratidão de Maria Luiza Borges Martins, que aos 73 anos, celebra a vida após receber as três doses e sem ter sido positivada durante toa a pandemia.

“Sou muito grata por não ter tido Covid-19, estar vacinada. Graças a Deus tive a oportunidade de tomar as três doses e hoje agradeço ao Governo do Estado por ter se mobilizado pela vacinação. Conheci pessoas que não tomaram, não acreditaram e que, infelizmente, se foram. Na minha família, desde a hora que soubemos da disponibilidade, todos se vacinaram. Estamos com crianças em casa esperando a vez delas”, conta a representante comercial.

Maria Luiza agradece cada dia vivido ao lado de familiares e quer chegar aos 100 anos com saúde. “Faço academia, hidroginástica, trabalho por conta própria, ainda tenho meu trabalho. Eu me cuido, vou ao médico, faço tudo o que for possível para viver com saúde. A vida é maravilhosa”, afirma, recomendando que a população faça a sua parte.

No Pará, até o dia 5 de janeiro, foram enviadas 13.209.124 doses aos municípios. Desse total, 11.483.926 foram aplicadas em pessoas acima dos 12 anos de idade.

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