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Vereador Arenes (PT) ataca imprensa de Parauapebas durante sessão na Câmara Municipal

Na sessão ordinária da última terça-feira (17), na Câmara Municipal de Parauapebas, o vereador José Arenes (PT) acusou alguns veículos de comunicação da cidade de terem fechado “balcão de negócio” com a Prefeitura Municipal de Parauapebas, com o objetivo de, segundo ele, “encobrir a falta de prestação de contas do prefeito com o Legislativo”.

Segundo o parlamentar, a maioria dos profissionais de imprensa não tem publicado o que a oposição vem tratando com relação às denúncias propagadas pelos vereadores da oposição, o chamado Grupo dos Oito (G-8), como teria sido feito nos últimos meses.

Na avaliação de José Arenes, a imprensa tem feito um “papel feio” ao deslanchar “campanha difamatória” contra os vereadores de oposição. “A imprensa podia muito bem ficar neutra. Podia muito bem não dizer que está apoiando somente o prefeito. Podia muito bem dizer que as mazelas que este município tem a sociedade não podia ver”, disparou.

Para ele, os vereadores de oposição estão fazendo o papel de imprensa, denunciando na tribuna o que os jornalistas não fazem em seus veículos de comunicação.

Nossa opinião

O nobre vereador Arenes, que usou a Tribuna da Câmara Municipal de Parauapebas para atacar os profissionais de imprensa e seus respectivos veículos de comunicação, precisa folhear um dicionário e checar o real significado do termo “neutro” e sua aplicação ao jornalismo. A concepção equivocada de neutralidade do parlamentar esbarra no direito da população de ser informada, e é a serviço da comunidade que o Portal Pebinha de Açúcar existe, não o contrário – para atender a propósitos exclusivos de meia dúzia de legisladores.

Talvez, o nobre vereador, na ânsia de ver publicado em destaque na imprensa o “teatro” que vem sendo feito no caso do suposto afastamento do atual prefeito de Parauapebas, Valmir Mariano (PSD), e a questionável posse dada pelo grupo de oposição à vice-prefeita, Ângela Pereira (PTB), esqueceu-se de que nós, profissionais de imprensa, temos que ter responsabilidade no que publicamos. Ou será que o parlamentar pensou que fôssemos sair postando notícias judicialmente infundadas?

Até o presente momento, nós, do Pebinha de Açúcar, não recebemos documento algum que comprove oficialmente que o prefeito Valmir Mariano tenha sido afastado do cargo, muito menos que a vice Ângela Pereira tenha assumido como prefeita.

Então, que o vereador possa respeitar a imprensa de Parauapebas, a qual vem desenvolvendo importante e digno trabalho em prol da sociedade ao longo dos anos, por vezes até mais importante que o de alguns vereadores locais, que, neste momento, estão em verdadeira guerra por interesses particulares, enquanto a população vai ficando acuada debaixo de um fogo cruzado de acusações e farpas alheias aos reais anseios da comunidade parauapebense, cuja maioria dos habitantes vive às margens do ideário de qualidade nos serviços de saúde, educação, infraestrutura e saneamento básico.

A preocupação-mor do ilustre edil deveria ser de melhorar as condições de vida da população que o elegeu para um mandato de quatro anos. Um bom legislador, ao modo da concepção aristotélica, trabalhará pelo povo e em prol do povo sem esperar qualquer reconhecimento em troca, porque essa é sua função precípua e exclusiva.

Que o vereador José Arenes e seus pares possam ter o entendimento de que foram eleitos pelo povo a fim de atender a demandas tão somente do e para o povo, e não a projetos particulares, como no mais das vezes, e infelizmente, a sociedade tem observado.

Nós, do Pebinha de Açúcar, iremos continuar fazendo um jornalismo sério, sem preferência por lado “A” ou “B” e primando sempre pela verdade dos fatos. Esse é o nosso diferencial e motivo pelo qual o Portal é, hoje, um dos mais prestigiados e acessados da Amazônia. Graças aos nossos milhares de cidadãos leitores, e não pelo ibope de menos de meia dúzia.

Bariloche Silva
Jornalista e editor do Portal Pebinha de Açúcar
DRT-PA: 2.555

Nota do Vereador Arenes

Em hipótese alguma pretendo fazer deste assunto um debate prolongado ou tentar criar polêmica, porém a indignação pronunciada na tribuna por mim, não cabe à todos da imprensa, mas sim para aqueles que demonstram falta de respeito ao trabalho desenvolvido em defesa da população deste município.

Aliás, o que não faltam são matérias, desta mesma imprensa, relatando os descasos desta cidade, como as ruas esburacadas, a falta desde profissionais, exames e remédios nos postos de saúde e no HMP; as estradas da zona rural estão sem reparos; as demissões em massa sem explicações à sociedade; em fim não faltam fatos de grande notoriedade pública da realidade que passa este município. Portanto, estar “neutro” como eu disse, é não interpretar como “Teatro” o que este grupo de vereadores de oposição tem feito diante de tantas mazelas que acontecem neste município.

Quando se fala em responsabilidade da imprensa, ressaltamos exatamente isso: Não confundir a população, como está sendo feito, por boa parte da imprensa de Parauapebas, que parece que por um passe de mágica ou por um milagre a cidade já tivesse superado todos os desafios.

Ressaltamos que a imprensa é e sempre será fundamental para estabelecer o balanço entre os poderes, daí a oportunidade de que se repassem as informações sem incorrer na difamação ou de cunho a distorcer os fatos.
Este posicionamento dos vereadores de oposição não está alheio aos interesses da população, como afirma o texto do editor, muito pelo contrário, as mazelas existentes hoje no município passam exatamente por todos os desmandos impetrados por esta administração sem planejamento, sem licitações, sem contratos, e lesando o erário público, como provam os documentos das denúncias dos advogados Heder Igor e Dr, Jackson Souza e Silva, este último morto de forma ainda misteriosa na capital do amazonas.

Quando se faz um pré-julgamento de que tudo que está feito é um “teatro”, lamentavelmente nos faz crer que já é uma demonstração clara de que lado parte da imprensa está.
Espere a decisão da justiça, acompanhe e reporte as informações, o julgamento final cabe a Deus, todavia acreditamos na justiça dos homens e mulheres de boa fé.

Finalizo afirmando que:
“A imprensa livre é festejada por todos nós, ela é essencial, ela é fundamental à democracia, e tem o dever de prestar o maior dos serviços, que é bem informar sem manipular a verdade. Basta que não imponha a sua versão partidarizada, com verdades pretensamente absolutas e pensamento único”.
Para conhecimento de todos: Neutro (do latim neuter, neutra, neutrum = “nem um, nem outro: símbolo de indeterminação,1 com o mesmo significado usual) refere-se a algo que, por si, não toma partido de qualquer dos lados duma disputa. Aquilo que é imparcial, indiferente.
Assim me referi na tribuna, imprensa NEUTRA, é o que se espera. Cordialmente, José Arenes Silva Souza, Vereador em Parauapebas.

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Ei, Psiu! Já viu essas?

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