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Vereador solicita apoio da ANTT para minimizar impactos causados por ferrovia

Na manhã da última segunda-feira (27), cumprindo agenda em Belém, o presidente da Câmara Municipal de Parauapebas, vereador Elias da Construforte (PSB), com o intuito de defender os interesses da população e do município, esteve no escritório local da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) e protocolou o ofício nº 863/2018, solicitando que o governo federal reveja sua decisão e destine investimentos ao desenvolvimento do Estado do Pará, minimizando, assim, os impactos causados pelas ferrovias que cortam a região.

De acordo com o documento, no início de julho deste ano o governo federal anunciou a construção de um trecho de 383 quilômetros de ferrovia entre os municípios de Campinorte, em Goiás, e Água Boa, no Mato Grosso, com o objetivo de atender ao agronegócio, e a empresa Vale S.A foi a escolhida para realizar a obra, que terá investimento em torno de R$ 4 bilhões e, em contrapartida, receberia a renovação automática das concessões da Ferrovia Vitória/Minas, entre Vitória e Belo Horizonte, e da Estrada de Ferro Carajás (EFC), que passa pelos estados do Pará e Maranhão.

Elias deixou claro que não se opõe ao desenvolvimento e integração do país pela malha ferroviária, mas frisou que, com relação à EFC, que basicamente transporta minérios extraídos no território paraense, Parauapebas é uma das cidades mais afetadas, onde os danos ambientais, econômicos e sociais se projetam de maneira acentuada, não sendo justo que os benefícios e contrapartidas da renovação da concessão sejam destinados a outro estado.

“Partindo deste princípio, propomos que no ato de renovação da concessão da EFC seja assegurado que a empresa crie condições favoráveis ao fomento da utilização da ferrovia por outras atividades econômicas, além do minério”, defendeu o parlamentar, solicitando que sejam criados pátios adequados à estocagem e carregamento de itens diversos; que as locomotivas possuam vagões específicos para grãos, carga viva, perecíveis etc.

Segundo Elias da Construforte, o potencial minerário de Parauapebas é enorme, mas finito, e a localização geográfica é desfavorável para a instalação de empresas, especialmente pela dificuldade de escoarem sua produção. Por isso, dispor de um modal eficiente e econômico seria um grande atrativo para a iniciativa privada, gerando novas matrizes econômicas e, consequentemente, reduzindo os altos índices de desemprego na cidade.

“Estamos cobrando que contrapartidas justas sejam destinadas aos maiores impactados pela operação. O asfaltamento da Vila Cruzeiro, em Itupiranga (PA), a Parauapebas e a duplicação das estradas estaduais que ligam nosso município a Marabá também são exemplos”, concluiu o vereador, afirmando que não medirá esforços para defender os interesses do município.

Uma via do mesmo ofício foi protocolada na audiência pública que trata sobre a antecipação da renovação da concessão de uso da Estrada de Ferro Carajás.

Reportagem: Camila Ishibashi

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